Souza Cruz: ação compõe o Índice de Carbono Eficiente, mas não o de Sustentabilidade Empresarial (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2013 às 07h00.
Dúvida do internauta: Estou pensando em investir em ETFs, os fundos que seguem de perto os índices da Bolsa de Valores e cujas cotas são negociadas como se fossem ações. Penso em comprar cotas do ETF iShares Índice Carbono Eficiente (ICO2) Brasil e o ETF que segue o Índice de Sustentabilidade Empresarial It Now ISE Fundo de Índice. Minha intenção é uma aplicação de longo prazo, para mais de dez anos. É uma boa estratégia?
Resposta de Clodoir Vieira*:
O ETF iShares Índice Carbono Eficiente (ICO2) Brasil, negociado sob o código ECOO11, só tem empresas do Índice Carbono Eficiente (ICO2). O ICO2 é um indicador baseado na carteira do índice IBrX-50, que leva em consideração, na ponderação das ações participantes, as emissões de gases de efeito estufa das empresas. É construído de modo a obter maior eficiência em emissões de carbono.
Já o It Now ISE Fundo de Índice (ISUS11) tem como objetivo refletir as variações de rentabilidade do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), principalmente por meio do investimento nas ações que compõe a carteira teórica do ISE, observados os limites de diversificação e composição aplicáveis à carteira do Fundo. São empresas escolhidas sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa.
As grandes vantagens de comprar ETFs são pode participar de várias empresas pela compra de um única cota, saber quais empresas participam desses fundos, e conhecer o peso de cada uma na composição do fundo. Acredito que no longo prazo as empresas de boa governança corporativa associadas ao Índice de Sustentabilidade sejam boas opções de investimento de longo prazo. A minha recomendação seria a seguinte: investir 60% no ISUS11 e 40% no ICO2. Lembrando que hoje o ISE é composto de 51 ações de 36 empresas e que o ICO2 é composto de 35 ações de 34 empresas, sendo que há certa sobreposição, pois 41,6% do ISE são empresas que também estão no ICO2.
*Clodoir Vieira é economista-chefe da corretora Souza Barros, atuando no mercado de capitais há mais de 21 anos. Também é professor de governança corporativa na pós-graduação do Senac-SP e no Ipog - Instituto de pós graduação de Goiânia.
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