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Uso de cheques cai 96% desde 1995, mas ainda movimenta mais de R$ 500 bi no Brasil

Pesquisa, baseada na Compe (Serviço de Compensação de Cheques), também revelou que o volume financeiro movimentado por cheques somou R$ 523,19 bilhões em 2024

Febraban: os brasileiros usaram 137,6 milhões de cheques no ano passado (Devrim_Pinar/Thinkstock)

Febraban: os brasileiros usaram 137,6 milhões de cheques no ano passado (Devrim_Pinar/Thinkstock)

nIA Bot
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Ferramenta de inteligência artificial

Publicado em 23 de janeiro de 2025 às 13h30.

O uso de cheques no Brasil continua em queda acelerada, impulsionado pela popularização de meios de pagamento digitais, como o Pix, lançado em 2020, e o avanço do internet banking e mobile banking. No entanto, mesmo diante da digitalização, os brasileiros usaram 137,6 milhões de cheques em 2024, segundo levantamento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Esse número representa uma redução de 18,4% em relação a 2023.

Na comparação com 1995, ano que marca o início da série histórica da Febraban, a queda no uso de cheques é ainda mais expressiva: 95,87%. Há quase 30 anos, foram compensados 3,3 bilhões de documentos, contrastando com os números atuais.

A pesquisa, baseada na Compe (Serviço de Compensação de Cheques), também revelou que o volume financeiro movimentado por cheques somou R$ 523,19 bilhões em 2024, 14,2% a menos do que no ano anterior.

Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, explica que, apesar da queda acentuada, o cheque ainda resiste por conta de fatores específicos. "São diversos motivos que ainda fazem este documento sobreviver: resistência de alguns clientes aos meios digitais, uso em comércios que evitam oferecer outras formas de pagamento, como caução em compras ou em localidades com problemas de internet", avalia.

Tíquete médio de cheques cresce em 2024

Outro dado importante do levantamento é o aumento no tíquete médio dos cheques. Segundo a Febraban, o valor médio subiu de R$ 3.617,60 em 2023 para R$ 3.800,87 em 2024, demonstrando que esse meio de pagamento está sendo usado em transações de maior valor. "Enquanto o Pix domina as transações menores e do dia a dia, o cheque permanece como uma alternativa em situações específicas e com valores mais altos", comenta Faria.

Com a digitalização avançando rapidamente e o Pix consolidado como o principal meio de pagamento no Brasil, a expectativa é de que o uso de cheques continue diminuindo nos próximos anos, embora o ritmo da queda possa variar conforme a adesão aos canais digitais em diferentes regiões e setores.

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