Michel Temer: presidente afirmou que retirada de recursos não coloca em risco a solidez do FGTS (Ueslei Marcelino/Reuters)
Reuters
Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 09h56.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2017 às 12h11.
Brasília - O presidente Michel Temer anunciou nesta quinta-feira que os trabalhadores poderão sacar recursos integrais de contas inativas do Fundo de Garantida do Tempo de Serviço (FGTS), com potencial para injetar 30 bilhões de reais na economia, e que os juros do cartão de crédito serão reduzidos em mais de 50 por cento.
Segundo Temer, que participa de café da manhã com jornalistas em Brasília, cerca de 86 por cento das contas inativas do FGTS têm saldo inferior a uma salário mínimo, ou 880 reais.
Por isso, acrescentou ele, a retirada desses recursos não coloca em risco a solidez do FGTS.
A medida é mais uma tentativa do governo de estimular a economia, que está em recessão desde 2015 e ainda não deu sinais consistentes de recuperação, em meio a baixa confiança dos agentes econômicos.
Temer também anunciou a redução "à mais da metade" nos juros rotativos do cartão de crédito e parcelamento dos inadimplentes nesta modalidade de crédito. Hoje, os juros anuais nos cartões de crédito ultrapassam 400 por cento ao ano.
"No primeiro trimestre haverá redução de mais da metade dos juros cobrados no cartão de crédito", afirmou o presidente, acrescentando que, em seguida, haverá parcelamento daqueles que não pagaram e este parcelamento ainda receberá juros ainda mais inferiores.
O presidente disse ainda que nesta manhã anunciará mudanças nas leis trabalhistas, incluindo plano de seguro para emprego, que será enviado ao Congresso Nacional por meio de medida provisória.