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Taxa de juros do rotativo do cartão sobe para 415,3% ao ano

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão


	Cartões de crédito: essa é a modalidade com taxa de juros mais alta na pesquisa do BC
 (Arquivo/Agência Brasil)

Cartões de crédito: essa é a modalidade com taxa de juros mais alta na pesquisa do BC (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 10h33.

A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito subiu 10,1 pontos percentuais de outubro para novembro, quando atingiu 415,3% ao ano, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (22).

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão.

Essa é a modalidade com taxa de juros mais alta na pesquisa do BC.

A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados subiu 3,5 pontos percentuais - para 134,8% ao ano.

A taxa do cheque especial chegou a 284,8% ao ano em novembro, com alta de 6,7 pontos percentuais em relação a outubro.

A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) subiu 0,4 ponto percentual - para 28,4% ao ano.

A taxa do crédito pessoal, excluídas as operações consignadas, caiu 8,9 pontos percentuais - para 120,4% ao ano.

A taxa média de juros cobrada das famílias subiu 0,1 ponto percentual, para 64,8% ao ano. A taxa de juros para as empresas ficou estável em 30,2% ao ano.

A inadimplência das famílias (pessoas físicas), considerados atrasos superiores a 90 dias, permaneceu em 5,8%. A inadimplência das empresas subiu 0,2 ponto percentual, para 4,5%.

Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros para as empresas caiu 0,5 ponto percentual - para 10,6% ao ano.

No caso das famílias, houve aumento de 0,1 ponto percentual, com taxa em 10% ao ano.

A inadimplência do crédito direcionado subiu 0,1 ponto percentual tanto para empresas quanto para pessoas físicas e ficou, respectivamente, em 0,9% e 2,2%.

O saldo de todas as operações de crédito, livre e direcionado, chegou a R$ 3,176 trilhões em novembro, com crescimento de 0,6% no mês e de 7,4% em 12 meses.

O saldo do crédito livre ficou em R$ 1,614 trilhão e do direcionado em R$ 1,562 trilhão.

No total, o saldo das operações de crédito correspondeu a 53,8% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

Em relação a outubro, houve alta de 0,1 ponto percentual nessa relação entre crédito e PIB.

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