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Selic sobe para 10,0%; veja como ficam poupança e renda fixa

Na última reunião do Copom do ano, taxa básica de juros volta à casa dos dois dígitos; poupança agora perde de longe de outras aplicações de renda fixa


	Moedas: Rentabilidade da poupança não acompanha mais altas da Selic, e outros investimentos se tornaram bem mais atrativos
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Moedas: Rentabilidade da poupança não acompanha mais altas da Selic, e outros investimentos se tornaram bem mais atrativos (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 19h18.

São Paulo – O Banco Central elevou, nesta quarta, a taxa básica de juros (Selic) de 9,50% para 10,0% ao ano, aumentando ainda mais a remuneração das aplicações de renda fixa atreladas a ela, como os CDBs pós-fixados, fundos DI e Letras Financeiras do Tesouro, vendidas via Tesouro Direto.

A remuneração da caderneta de poupança, no entanto, permanece a mesma, uma vez que acima de uma Selic de 8,50% ao ano, a poupança paga 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR) em qualquer cenário de juros. Assim, tanto os depósitos remanescentes na "poupança antiga" (anteriores a 4 de maio de 2012) quanto aqueles feitos na poupança que segue as novas regras de remuneração (a partir de 4 de maio de 2012) têm a mesma rentabilidade.

A alta na Selic ficou dentro das expectativas do mercado para esta que foi a última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) em 2013. Os analistas ouvidos pelo Boletim Focus do Banco Central esperavam que a taxa básica de juros terminasse o ano em 10,00%. Veja como fica a rentabilidade das aplicações de renda fixa pós-fixadas (atreladas à Selic) a partir de agora:

  Velha Poupança* Nova Poupança* CDB 90% do CDI Fundo DI com taxa de 1,0% a.a. Tesouro Direto
6 meses 3,16% 3,16% 3,40% 3,39% 3,66%
12 meses 6,42% 6,42% 7,17% 7,20% 7,74%
18 meses 9,79% 9,79% 11,33% 11,43% 12,26%
24 meses 13,26% 13,26% 15,45% 15,66% 16,73%
25 meses 13,84% 13,84% 16,64% 16,88% 18,03%

(*) Foi considerada uma TR de 0,02% ao mês, pois esta taxa já não tem ficado zerada, como quando a Selic estava mais baixa. Mesmo assim, a TR varia de acordo com a data de aniversário da aplicação, podendo ser diferente para cada poupador.

(**) Foi considerado o investimento por meio de corretoras que não cobram taxa de administração para aplicações no Tesouro Direto

As rentabilidades estão líquidas de Imposto de Renda, cobrado a todas as aplicações de renda fixa mostradas na tabela, com exceção da poupança. A caderneta não tem custos nem sofre incidência de IR. Foi considerada uma taxa CDI equivalente à taxa Selic, uma vez que as duas taxas costumam ficar próximas.

Repare que, mesmo em um prazo de até seis meses, quando a alíquota de IR é a mais alta (22,5%), as demais aplicações pós-fixadas de renda fixa ganham da poupança. E isso mesmo se for considerada uma TR de 0,02% ao mês, uma vez que essa taxa já não tem mais ficado zerada. Quanto mais o juro subir, mais crescerá essa distância entre poupança e as demais aplicações pós-fixadas, e menos atrativa será a caderneta em qualquer prazo.


No momento, CDBs que paguem a partir de 84% do CDI já são mais rentáveis que a poupança em qualquer prazo. Abaixo desse percentual, o produto não apresenta vantagem nos prazos mais curtos, por causa do IR.

Já os fundos DI precisam cobrar no máximo 1,5% ao ano de taxa de administração para serem mais vantajosos que a poupança em qualquer prazo. Isso considerando um fundo que renda 100% do CDI.

Pelo mesmo raciocínio, para que as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) sejam mais vantajosas que a poupança em qualquer prazo, é preciso que a corretora não cobre mais que 1,2% ao ano de taxa de administração. Algumas chegam a “cobrar” taxa zero. Veja quanto cobra cada corretora que concede acesso ao Tesouro Direto.

Mas para quem está disposto a deixar o dinheiro aplicado por mais de um ano, a corretora pode cobrar uma taxa de até 1,7% ao ano que o Tesouro Direto mantém sua vantagem sobre a poupança. Isso porque o Tesouro Direto já tem um custo fixo, a taxa de custódia de 0,3% ao ano, cobrada pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Atualmente, nenhuma corretora cobra mais que 2,0% ao ano de taxa de administração pelo Tesouro Direto.

Vídeo: Que cuidados ter ao investir fora da poupança?

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