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Santander lança plataforma de investimentos que gera pontos por aplicação

A Pi tem vida independente do banco e vai permitir a criação de carteiras exclusivas de investimento a partir de R$ 100. Veja como funciona

Pi: Plataforma de investimentos do Santander vai concorrer com a própria corretora do banco (Pi/Reprodução)

Pi: Plataforma de investimentos do Santander vai concorrer com a própria corretora do banco (Pi/Reprodução)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 14 de março de 2019 às 17h16.

Última atualização em 14 de março de 2019 às 17h17.

São Paulo — O Santander lançou nesta quinta-feira (14) a Pi, uma plataforma independente de investimentos que vai gerar pontos por aplicação, os quais poderão ser trocados por dinheiro. Não é necessário ser cliente do banco para investir.

O modelo da Pi, segundo o CEO Felipe Bottino, ex-diretor da Icatu Seguros, é focado na independência dos agentes autônomos: as comissões que são pagas aos distribuidores em outras plataformas, conhecidas como "rebates", serão revertidas na Pi em pontos para os investidores.

Em uma aplicação de 5 mil reais em um CDB com vencimento em 2024 de um banco médio, por exemplo, a reversão seria de 2 mil pontos, ou 20 reais. Já um aporte de 50 mil reais em um fundo, com uma taxa de administração de 2% e prazo de cinco anos, geraria 140 mil pontos ao cliente, ou 1,4 mil reais. O resgate de pontos pode ser feito mensalmente, com mínimo de 100 reais.

Os produtos ficarão disponíveis aos investidores em uma "loja de investimentos". Ou seja, as aplicações poderão ser colocadas em um carrinho de compras e estarão classificadas de acordo com o feedback de usuários que já compraram os produtos, como um marketplace comum.

As taxas cobradas e o índice de conversão de pontos vão ficar visíveis aos usuários em cada produto disponível na plataforma, segundo Bottino. O valor mínimo de aplicação é de 50 reais.

Outro diferencial da Pi é o investimento por objetivo, através de carteiras exclusivas. Neste caso, a aplicação mínima sobe para 100 reais e o cliente abre mão dos pontos, mas em contrapartida tem acesso a produtos de investimento mais sofisticados e geridos por importantes nomes do mercado brasileiro, parceiros da plataforma. A Pi, por ora, formou parceria com quatro grandes gestoras: Santander Private Banking, TAG, Credit Agricole Indusuez Wealth Management e a Vitreo.

"A pessoa que quiser formar uma carteira de investimentos para aposentadoria, ou uma viagem, ou para comprar uma casa, por exemplo, vai poder ter a ajuda dos melhores profissionais do mercado, que estão acostumados a gerir grandes fortunas, para isso. Mas o montante investido é bem mais acessível", explica Bottino. As carteiras deverão ser formadas por fundos de fundos. "A construção de uma carteira com objetivo não é normalmente valorizada. Entendemos que o mais importante não é comprar um produto A, B, C, mas ter um objetivo correto de investimento."

O site da Pi já está no ar e as versões do aplicativo poderão ser baixadas ainda nesta semana para os novos usuários. Inicialmente, estão disponíveis produtos de renda fixa, como CDBs, LCAs, LCIs e letras de câmbio, cerca de 80 produtos. A ideia da plataforma é até o fim deste ano já estar oferecendo renda variável, como ações, além de fundos de investimento, títulos do Tesouro Direto, produtos de previdência e crédito privado.

"Devemos receber a autorização da CVM para fundos em breve, talvez em abril. Assim que os fundos forem liberados, as carteiras poderão ser montadas", diz Bottino. A meta da Pi é ter em três ou quatro anos 1 milhão de clientes. Agora, são dois mil. O valor investido pelo Santander não foi revelado.

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