Demanda alta e pouca oferta fizeram os preços no Rio de Janeiro aumentar (Luis Gustavo Lucena/ stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 13h27.
Londres - Nova York foi destronada de sua posição de mais caro mercado para escritório nas Américas. A cidade americana foi superada pela primeira vez pelo Rio de Janeiro, segundo estudo da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield Inc.
O custo anual de um metro quadrado para a locação de escritórios na cidade brasileira subiu 47 por cento no ano passado, para US$ 1.291,20, o que representa US$ 53,80 dólares a mais do que na região central de Manhattan, chamada Midtown, disse hoje a consultoria em comunicado. O Rio de Janeiro saltou da 13ª para a quarta posição no ranking global de mercados de escritórios, atrás de Hong Kong, Londres e Tóquio, disse a Cushman.
“A demanda muito alta e a escassez de oferta” estimularam os ganhos na segunda maior cidade brasileira, disse Mariana Mokayad Hanania, gerente de pesquisa da Cushman na América do Sul, no comunicado.
A economia brasileira cresceu a uma taxa anualizada de 6,7 por cento no terceiro trimestre, ajudada pelas exportações de commodities e pelo aumento dos gastos dos consumidores. A América do Sul teve o maior crescimento regional do estudo, com alta de 12 por cento.
Hong Kong superou a região londrina de West End como a área de locação de escritórios mais cara do mundo. O custo dos aluguéis aumentou 51 por cento no ano passado, para US$ 2.593,16 por metro quadrado, influenciado pela expansão de empresas e novos negócios que disputaram uma quantidade limitada de espaços de qualidade, disse a consultoria.
O custo da locação em Londres subiu 27 por cento no ano passado, para US$ 2.507,08, segundo o estudo da Cushman. A alta média dos aluguéis na Europa foi de 1 por cento.
Nova York subiu da sexta para a quinta posição no ranking global, com alta de 10 por cento no custo da locação, para US$ 1.237,40, em Midtown, segundo o estudo.
A Cushman & Wakefield é a maior corretora mundial de imóveis comerciais de capital fechado e é controlada pela família Agnelli, da Itália.