Minhas Finanças

Renda fixa volta a brilhar e faz poupança comer poeira

Com juro de volta aos dois dígitos, aplicações atreladas à Selic e ao CDI, as chamadas pós-fixadas, estão bem mais vantajosas que a poupança em qualquer prazo


	Cofre de porquinho: poupança perde a atratividade quando a taxa Selic fica mais elevada
 (SXC)

Cofre de porquinho: poupança perde a atratividade quando a taxa Selic fica mais elevada (SXC)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 09h00.

São Paulo – A taxa básica de juros, a Selic, retornou nesta quarta ao patamar de dois dígitos, do qual havia saído em março do ano passado. Isso fez com que as aplicações atreladas à taxa Selic voltassem a se tornar atrativas. Em relação à caderneta de poupança, estacionada na remuneração máxima de 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR), esses investimentos de renda fixa estão ganhando de lavada.

Investir em aplicações pós-fixadas voltou ser bastante interessante em qualquer prazo na comparação com a poupança, mesmo com a cobrança de imposto de renda, da qual a caderneta é isenta. A remuneração dessas aplicações é atrelada à Selic ou à taxa CDI, que costuma se aproximar da Selic. Com a inflação em torno de 6% ao ano, a rentabilidade bruta acima da inflação (juro real) dos pós-fixados voltou a ficar elevada, em cerca de 4% ao ano.

Dentre as aplicações pós-fixadas mais acessíveis ao pequeno investidor destacam-se os CDB-DI, oferecidos pelos bancos; as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), negociadas via Tesouro Direto; e os fundos DI, que investem em papéis de renda fixa pós-fixados.

No caso dos CDBs, papéis que paguem mais de 84% do CDI, remuneração fácil de conseguir mesmo em bancos grandes, já são mais interessantes que a poupança em qualquer prazo. No caso das LFTs, se a corretora cobrar até 1,2% ao ano de taxa de administração, a aplicação já rende mais que a caderneta (veja a lista das taxas cobradas pelas corretoras, inclusive aquelas que isentam o investidor de custos). E no caso de fundos DI, a taxa de administração máxima para que o investimento ainda seja mais vantajoso é de 1,5% ao ano, que já pode ser considerada alta para esse tipo de produto.

Vale notar que, nos três casos, é bem possível conseguir remunerações melhores para os CDBs ou taxas de administração mais baratas para o Tesouro Direto e os fundos DI. Considerando uma TR um pouco acima de zero – digamos, de 0,02% ao mês –, perceba a diferença de remuneração em relação a um CDB que paga 90% do CDI, um fundo DI com taxa de administração de 1,0% ao ano e uma LFT negociada em uma corretora que não cobre taxa de administração, apenas a custódia obrigatória de 0,30% ao ano. O prazo considerado foi de 12 meses.

Aplicação Rendimento líquido anual Quanto rende a mais que a poupança
Poupança (nova e velha)* 6,42% Zero
CDB 90% do CDI 7,17% 11,68%
Fundo DI com taxa de 1,0% a.a. 7,20% 12,15%
Tesouro Direto (LFT) 7,74% 20,56%

(*) Com a Selic acima de 8,50% ao ano, a remuneração da caderneta de poupança volta a ser a mesma da regra antiga: 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR). Na tabela, foi considerada uma TR de 0,02% ao mês, uma vez que essa taxa não tem mais ficado zerada com o juro mais alto.

Vídeo: Por que o Tesouro Direto é indicado ao pequeno investidor?

[videos-abril id="6028f79d06beea410fa70a93e5fe13b0" showtitle="false"]

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasCDBEstatísticasFundos de investimentoFundos DIfundos-de-renda-fixaIndicadores econômicosInvestidor conservadorJurosPoupançarenda-fixaSelicTesouro Direto

Mais de Minhas Finanças

Nova portaria do INSS suspende por seis meses bloqueio de benefícios por falta de prova de vida

Governo anuncia cancelamento do Bolsa Família para 1.199 candidatos eleitos em 2024

Nota Fiscal Paulista libera R$ 39 milhões em crédito; veja como transferir o dinheiro

Mega-Sena concurso 2.816: aposta de Indaiatuba (SP) ganha prêmio de R$ 37,3 milhões