Minhas Finanças

Renda fixa salva rentabilidade dos fundos de pensão

Estudo da LUZ-EF questiona relação entre risco e retorno a partir dos resultados apresentados pelos fundos de pensão em 2010 - os melhores apostaram na renda fixa

Apenas um fundo com mais de um bilhão de reais de patrimônio bateu o INPC + 6% em 2010 (Stock.xchng)

Apenas um fundo com mais de um bilhão de reais de patrimônio bateu o INPC + 6% em 2010 (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 19h49.

São Paulo - A empresa de engenharia financeira LUZ-EF analisou 23 fundos de pensão fechados em 2010. Apenas um deles com patrimônio superior a 1 bilhão de reais foi bem sucedido na tarefa de bater a inflação medida pelo INPC acrescida de mais 6%. Segundo a LUZ-EF, a razão para o feito se assenta na adoção de uma política de investimentos bastante conservadora desde 2009.

"Esse fundo apostou em títulos da renda fixa, em especial naqueles atrelados ao IPCA", afirma Viviane Werneck, gerente de clientes instituicionais da LUZ-EF e responsável pelo estudo. Por contrato de confidencialidade, a empresa não divulga o nome dos fundos analisados. Ainda assim, faz um alerta a partir dos resultados colhidos. "Esse cenário pode se repetir em 2011", emenda Werneck.

O levantamento mostra que os fundos com baixa exposição ao risco saíram na frente em matéria de rentabilidade. A média geral de exposição ao dia foi de 0,38%. Os fundos que passaram deste patamar sequer entregaram o retorno do CDI, taxa de juro interbancário tomada como referência para aplicações na renda fixa.

"Os gestores precisam olhar atentamente suas carteiras e adotar uma postura ativa. É muito arriscado ficar esperando a recuperação da renda variável”, reforçou Viviane Werneck. Na opinião da empresa, uma alternativa para maximizar o retorno seria a aplicação em imóveis. Enquanto os fundos de investimento imobiliário sofreram uma valorização de 158,4% de 2008 a 2011, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, subiu 105,35% no mesmo período. 

De olho em 2011, foram avaliadas a rentabilidade e o risco acumulados de janeiro a fevereiro deste ano. De acordo com a LUZ-EF, o resultado reforçou mais uma vez a expectativa que os melhores desempenhos deverão ser conseguidos na renda fixa. A maior exposição ao risco, com aplicações em ações, por exemplo, não garantiu retornos mais elevados. Nos dos primeiros meses do ano, a rentabilidade média dos fundos de pensão foi de 1,1%, contra 1,71% do CDI.

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