Índice médio de saúde financeira do brasileiro adulto é de 57 pontos, numa escala que vai de 0 a 100 (Luseen/Thinkstock)
Marília Almeida
Publicado em 19 de julho de 2021 às 12h54.
Última atualização em 19 de julho de 2021 às 12h56.
Quer melhorar a sua educação financeira? O Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), lançado nesta segunda-feira, 19, pela Febraban, pode ajudar.
O indicador permite identificar vulnerabilidades em relação a habilidades, comportamento, segurança e liberdade financeira. Com o diagnóstico, é possível avaliar o que é possível fazer para melhorar as finanças pessoais. O indicador permite também medir a saúde financeira ao longo do tempo e compará-la com a média brasileira.
O I-SFB é medido a partir de um questionário que permite calcular uma pontuação que vai de 0 a 100. Com esse número, a pessoa verifica em que nível de saúde financeira está, em uma classificação que vai de ruim a ótima.
Para conhecer o índice, basta entrar no site e responder um questionário de forma anônima e gratuita. São 18 perguntas, e o índice é medido por meio de 15 obrigatórias. Há outras três questões opcionais, caso o usuário queira ter informação adicional sobre a sua autopercepção. É possível salvar as informações.
Desenvolvido em cooperação técnica com o Banco Central do Brasil, e apoio dos bancos associados à Federação, membros do Sistema Financeiro Nacional e acadêmicos que estudaram protocolos internacionais sobre o tema, o I-SFB surgiu a partir de uma pesquisa realizada no país sobre o tema.
O conceito de saúde financeira inclui:
O índice médio de saúde financeira do brasileiro adulto é de 57 pontos, numa escala que vai de 0 a 100. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Febraban de setembro a novembro de 2020, por telefone, com 5.220 entrevistados.
Da média de 57 pontos para baixo, há uma área de maior estresse financeiro. Quando o índice sobe, o estresse dá lugar à sensação progressiva de bem-estar financeiro.
O padrão das respostas revela pessoas que lutam por uma vida financeira estruturada para fechar as contas do mês e a difícil missão que é ter reservas para as emergências.
Os entrevistados também apontaram a necessidade de mais informações sobre finanças, incertezas quanto à maneira como lidam com o dinheiro e insegurança quanto ao futuro.
Veja abaixo a situação dos brasileiros pesquisados:
O índice de saúde financeira já foi implantado em países como Estados Unidos, Escócia e Cingapura.
Fundamentados em protocolos internacionais, a Febraban e o Banco Central analisam o tema desde 2017. O processo reuniu, no último ano, cerca de 70 especialistas das áreas bancária, acadêmica, integrantes do Sistema Financeiro Nacional como o setor cartão de crédito, birôs de crédito, empresas de leasing, especialistas em educação financeira e planejadores financeiros.
A maior diferença do modelo brasileiro para os internacionais está na base socioeconômica da população, que tem influência tanto no sentimento de segurança financeira, como também na habilidade para se informar e na capacidade de se engajar em bons comportamentos.
Por exemplo: uma pessoa organizada, que controla suas contas e tem conhecimento e disposição para poupar, pode não ter dinheiro sobrando no fim do mês devido à realidade de seu dia a dia. O índice leva isso em conta.
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