Minhas Finanças

Qual a melhor forma de abater uma dívida?

A questâo: usando o FGTS para reduzir o saldo devedor de um financiamento imobiliário, é melhor abater a prestação ou o tempo de pagamento?

Imóvel: usar o FGTS para abater o financiamento a cada dois anos é ótima opção (Divulgação)

Imóvel: usar o FGTS para abater o financiamento a cada dois anos é ótima opção (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 18h52.

Pergunta do internauta: Tenho um financiamento imobiliário de 30 anos e estou utilizando o FGTS para amortizar a dívida a cada dois anos. Gostaria de saber se é melhor optar pela redução do tempo de financiamento ou pelo abatimento do valor das prestações mensais (Marcus Vinicius Cruz Sampaio).

Resposta de Marcelo Prata*

Marcus,

A amortização do saldo devedor utilizando o FGTS é uma decisão acertada. A razão é simples: os recursos da conta vinculada do FGTS rendem 3% ao ano + TR (Taxa Referencial), o que representou 4,2% no ano de 2011. Ou seja, é muito abaixo das taxas de juros praticadas no sistema financeiro.

O FGTS pode ser utilizado para amortizar o financiamento respeitando o prazo mínimo de 2 anos para cada evento. Quando se amortiza, o cliente tem duas opções: a) manter o mesmo prazo de financiamento, mas diminuir o valor das parcelas; ou b) diminuir o prazo do financiamento, pagando a mesma "prestação" por mês. O que é melhor?

Do ponto de vista financeiro, a melhor opção é diminuir o prazo do financiamento. É fácil entender o motivo: como os juros são cobrados sobre o saldo devedor, quanto mais tempo você levar para diminuir esse saldo, mais juros irá pagar.

No entanto, nem sempre a decisão pode ser tomada olhando somente sob esse aspecto. É preciso levar em conta o orçamento familiar, caso o pagamento das parcelas do financiamento estejam comprometendo a renda do devedor a ponto de se utilizar o limite do cheque especial, por exemplo.

Se for esse o seu caso, é mais vantajoso manter o prazo do financiamento e diminuir o valor da parcela. Afinal, a taxa do financiamento imobiliário, em média de 11% ao ano (imóveis acima de 500.000 reais), é muito menor que os juros cobrados no cheque especial (8,5% ao mês).

Portanto, analise em qual das duas condições acima você se enquadra antes de falar com o banco na próxima vez que for realizar a amortização.

*Marcelo Prata é presidente da Associação Brasileira dos Corretores de Empréstimo e Financiamento Imobiliário (Abracefi)

Envie sua pergunta sobre IR para seudinheiro_exame@abril.com.br 

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasCréditoDívidas pessoaisFGTSfinanciamentos-pessoaisImóveis

Mais de Minhas Finanças

Resultado da Mega-Sena concurso 2.817; prêmio é de R$ 3,4 milhões

Nova portaria do INSS suspende por seis meses bloqueio de benefícios por falta de prova de vida

Governo anuncia cancelamento do Bolsa Família para 1.199 candidatos eleitos em 2024

Nota Fiscal Paulista libera R$ 39 milhões em crédito; veja como transferir o dinheiro