Assaí: vítima foi abordada pelos seguranças em uma loja da rede, na cidade de Mauá (SP) (Paulo Whitaker/Reuters)
Karla Mamona
Publicado em 14 de julho de 2020 às 13h34.
Última atualização em 14 de julho de 2020 às 14h49.
O Procon de São Paulo notificou o Assaí após uma denúncia de racismo. Um homem relatou ao órgão de defesa do consumidor que foi vítima de racismo ao ser abordado por seguranças no estacionamento da loja, na cidade de Mauá (SP), sob a suspeita de que ele estaria portando uma arma.
Pelas redes sociais, o jovem explicou que entrou na loja, mas desistiu de ir às compras porque estava muita cheia. Ao deixar o estabelecimento, os seguranças foram atrás dele alegando que ele seria revistado. Veja o vídeo:
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Em nota enviada à EXAME, o Assaí informou que logo que tomou conhecimento sobre o ocorrido no dia 6 de julho, acionou imediatamente a loja de Mauá, iniciando um processo interno de apuração. Disse ainda que fez contato com o cliente para se desculpar pela situação vivenciada por ele na loja e incluí-lo no processo de averiguação dos fatos.
A partir das informações passadas pelos envolvidos e da checagem das imagens disponíveis, o Assaí concluiu que o fato do cliente sair pela porta de entrada do estabelecimento não justificou a abordagem no estacionamento pelo funcionário. “Nestes casos, o procedimento correto é orientar o cliente a utilizar a porta de saída, se assim ele quiser.” O Assaí informou também que demitiu do funcionário envolvido e reforçou com todo o time de lojas a conduta esperada no relacionamento com os clientes.
“O Assaí não tolera nenhuma atitude discriminatória ou desrespeitosa, o que está explícito em seu Código de Ética e na Política de Diversidade e Direitos Humanos da companhia. Qualquer denúncia contrária a essa orientação é rigorosamente apurada e, se comprovada a veracidade, são tomadas imediatamente as providências necessárias. A empresa fica ainda à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento adicional.”
Com a notificação do Procon, o Assaí terá que explicar quais os procedimentos foram adotados; e informe quais os critérios de contratação dos serviços de segurança e qual a política interna de treinamento dos funcionários e prestadores de serviços quanto aos direitos e garantias dos consumidores. A empresa deverá prestar as informações em 72 horas.