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Preço médio da refeição fora de casa no país chega a R$ 46,60

Pesquisa da Ticket mostra que vale-refeição só dura 12 dias do mês

 (Zorica Nastasic/Getty Images)

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Agência o Globo
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Publicado em 2 de novembro de 2023 às 17h25.

Última atualização em 2 de novembro de 2023 às 17h27.

O brasileiro que precisa almoçar fora de casa paga, em média, 46,60 reais por uma refeição. O levantamento é da Ticket, marca de vales refeição e alimentação da Edenred Brasil, e foi realizado em 4.500 estabelecimentos de alimentação nas cinco regiões do país.

Em 10 anos, o preço aumentou 70%, quase dois pontos percentuais acima da inflação do período medida pelo IPCA, que acumulou 68,2% no período, e é o principal indicador da inflação. Em 2014, o valor médio do almoço era de R$ 27,36.

Quanto tempo dura o vale-refeição

De acordo com a pesquisa, considerado o valor médio dos pratos, o vale-refeição dura em média apenas 12 dias no mês. Sem o benefício, o trabalhador gastaria R$ 1.025,20 para se alimentar 22 dias úteis do mês, comprometendo 35% do salário apenas com a alimentação no horário do trabalho, uma vez que a renda média mensal do brasileiro é de R$ 2.921, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O maior aumento dos últimos 10 anos ocorreu no Sudeste, onde o custo aumentou 77,7%. A refeição completa, que inclui prato principal, sobremesa, bebida e café, custa em média R$ 49,33. O valor mínimo, que considera apenas o prato comercial e uma bebida, é de R$ 30,14.

Como está o preço da refeição em outras regiões

O segundo maior aumento da década foi registrado no Sul do país, onde a refeição fora de casa ficou 66,5% mais cara. Na região, o preço médio pago pela refeição completa é de R$ 42,81, enquanto o prato comercial e uma bebida saem por R$ 28,91.

Porém, os trabalhadores que pagam o preço mais alto em relação à renda são os do Nordeste. A região tem o segundo preço mais alto do país e a refeição completa custa R$ 43,55. O combo comercial e uma bebida sai por R$ 30,23. Considerando o salário médio da região, de R$ 1.986, 48% da renda ficaria comprometida se não houvesse o benefício do vale-refeição.

Os trabalhadores do Sudeste têm a segunda renda mais alta do país, de R$ 3.299 mensais. A maior renda é a do Centro-Oeste, de R$ 3.396, onde foi registrado o menor aumento, de 60% em 10 anos. A refeição simples na região sai por R$ 25,43 e a completa, por R$ 41,75, em média.

Os trabalhadores da Região Norte, pagam em média R$ 26,45 por uma refeição simples (comercial e bebida) e R$ 42,29 por uma refeição completa. Como a renda média é de R$ 2.316, o comprometimento da renda chegaria a 40% sem o benefício.

Os pesquisadores lembram que a média nacional dos preços da refeição foi puxada pelo aumento na região Sudeste, uma vez que nas demais o valor subiu menos do que a inflação.

Boa parte do comércio, portanto, absorveu os custos mais altos, decorrentes do cenário econômico durante e pós a pandemia de covid-19, que impôs prejuízos com o fechamento dos estabelecimentos, aumento de alugueis e dispensa e recontratação de profissionais no retorno ao atendimento presencial

Com base na pesquisa, a Ticket calculou os valores para vale-refeição nas cinco regiões. O menor, de R$ 918,50, ficou com o Centro-Oeste, e o maior, de R$ 1.085,26, com o Sudeste.

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