Presidente do Creci-SP pede eliminação do déficit habitacional na cidade (Veja São Paulo)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2011 às 16h17.
São Paulo - O número de novas locações residenciais em São Paulo caiu 1,98% em abril, na comparação com março. O desempenho, no entanto, não segurou a alta dos preços: no mesmo período, os valores médios dos aluguéis tiveram alta de 5,15%. Em 12 meses, o aluguel novo encareceu 8,12% e para José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), a tendência é que os valores continuem subindo.
Segundo ele, mesmo que a locação alterne variações positivas e negativas de um mês para outro, comportamento típico desse mercado, a tendência a curto e médio prazo é de subida dos preços. "A pressão sobre os preços dos usados e sobre o aluguel vai continuar enquanto o déficit habitacional não for eliminado", diz Viana Neto.
"Os proprietários de imóveis sabem que, por mais que o crédito imobiliário tenha se expandido nos últimos anos e a produção de novas moradias aumentado, milhares de famílias continuam sem ter condições econômicas de comprar a casa própria, especialmente as novas e mais caras, e seguem dependentes do aluguel para morar", explica.
Em abril, dos 935 imóveis alugados pelas 475 imobiliárias consultadas pelo Creci-SP, 50,16% foram apartamentos e 49,84%, casas. Os imóveis mais alugados foram os de aluguel até R$ 1.000,00, que somaram 56,65% do total de novas locações. O aluguel que mais aumentou foi o de apartamentos de 2 dormitórios de bairros da Zona D, como Água Rasa, Americanópolis, Aricanduva, entre outros. O aluguel estava em R$ 965,27 em março e passou para R$ 1.638,75 em abril - alta de 69,77%. A maior queda ocorreu com as casas de 3 dormitórios situadas em bairros da Zona A, onde o aluguel médio baixou 32,46%. Esse tipo de imóvel era alugado por R$ 2.850,00 em março e esse valor passou a R$ 1.925,00 em abril.