Aluguel: no acumulado dos 12 meses, o IGP-M, que serve de base de cálculo para a renovação dos contratos de aluguel, atingiu 12,1% (PRImageFactory/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 23 de março de 2016 às 16h19.
São Paulo - Para alugar um imóvel residencial na cidade de São Paulo, em fevereiro último, os inquilinos estavam encontrando opções bem mais em conta do que há um ano, segundo aponta pesquisa mensal de locação do Secovi (Sindicato da Habitação).
O estudo foi divulgado hoje e leva em conta contratos novos. O valor médio caiu 2,9% na relação com fevereiro de 2015.
No acumulado dos 12 meses, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)), que serve de base de cálculo para a renovação dos contratos de aluguel, atingiu 12,1%, o que mostra que os proprietários estão abrindo mão de um ganho real de 15%.
A notícia é boa também para os aluguéis antigos, pois pode abrir espaço para renegociações de valores. A queda dos aluguéis novos acompanha a redução dos preços dos imóveis com a crise, depois da forte alta dos últimos dez anos.
Crise reduz procura e aumenta descontos
Por meio de nota, o vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, Rolando Mifano, disse que a tendência é de se manter a taxa negativa na comparação com os 12 meses anteriores.
“Com a crise, aumenta o estoque de imóveis residenciais para alugar. Com isso, diversos proprietários optam por conceder algum desconto para locar mais rapidamente seu imóvel”, justificou.
Já na comparação com janeiro último, as locações apresentaram ligeiro aumento na média em apenas 0,1%, na primeira elevação registrada desde outubro.
Os aumentos foram verificados nas residências de dois e três quartos com taxas de 0,3% e 0,5, respectivamente.
Em relação aos imóveis com um quarto, o valor caiu em média 0,4%.
Fiador
Na maioria dos contratos assinados em fevereiro (47%), os inquilinos apresentaram fiador como garantia.
A opção de antecipar de uma única vez o valor de três meses de aluguel foi usada em 35% dos casos e o seguro-fiança ocorreu em 18% dos contratos.
As casas e sobrados foram alugadas em média no prazo de 18 a 44 dias, tempo mais curto do que os apartamentos que levaram média de 25 a 52 dias. As informações são da Agência Brasil.