A geração Y é a que tem a maior mobilidade nos EUA, e muitas análises foram realizadas para descobrir quais são suas melhores e suas piores opções ao escolher um novo lar.
No entanto, embora se mudem muito, talvez não seja possível simplificar os motivos em uma lista classificadora, de acordo com novos dados da Livability, um site que acompanha a opinião pública sobre cidades e regiões suburbanas.
A investigação, conduzida pela empresa de pesquisa de mercado Ipsos Public Affairs para a Livability, perguntou a mais de 2.000 adultos quais características de um lugar seriam relevantes para tomar uma decisão quanto ao emprego.
Apenas 21 por cento das pessoas da geração Y, na faixa etária de 18 a 34 anos, disseram que escolheriam primeiro um lugar para morar e depois procurariam trabalho.
A mesma proporção de jovens disse que escolheria um emprego e se mudaria aonde fosse necessário para receber um salário.
Quando questionada sobre quais características facilitam a vida em um lugar, a maioria das pessoas mencionou primeiro o resultado financeiro final.
Cerca de 80 por cento dos participantes disseram que o custo de vida e a possibilidade de pagar pela moradia são os aspectos mais importantes ao escolher onde se aninhar.
As questões relativas ao dinheiro, assim como as preocupações com a taxa de criminalidade, foram prioritárias para a maioria das pessoas, independentemente de idade, gênero, nível de renda ou de escolaridade.
Facetas esotéricas
Os jovens discordaram das gerações mais velhas quanto ao valor de facetas mais esotéricas da vida, como o clima.
A geração Y disse que o clima é extremamente importante ao decidir onde morar, ao passo que as pessoas com 35 anos ou mais não deram muita relevância a isso.
O grupo mais jovem também deu mais ênfase ao tempo de traslado e menos às comodidades culturais, ao acesso à assistência médica e a estar rodeado por pessoas da mesma faixa etária.
Os dados sustentam a noção de que há mais nuance por trás dos lugares escolhidos pelos jovens para morar do que a simples busca de empregos lucrativos.
A Bloomberg descobriu que apenas 37 das 50 maiores cidades dos EUA são financeiramente acessíveis para que pessoas de 18 a 34 anos constituam um lar: a geração Y não ganha nem metade do que seria necessário para comprar uma casa em cidades como São Francisco, San Jose e Los Angeles.
No entanto, eles também não estão correndo para os lugares mais baratos para morar (Akron está no topo dessa lista).
Na verdade, as pessoas dessa faixa etária estão se mudando para lugares que estão entre a opção mais barata e a opção mais chique.
A Bloomberg analisou recentemente os lugares onde a população de jovens cresceu mais rapidamente e descobriu alguns centros improváveis.
Em Riverside, Califórnia, por exemplo, a população de 20 a 34 anos cresceu ao ritmo mais acelerado, com um impressionante acréscimo de 39 por cento, de 2010 a 2013, de acordo com dados do Censo dos EUA.
Trata-se do maior salto registrado entre as cidades americanas. Outras cidades tomadas pela geração Y são Bakersfield, Califórnia, McAllen, Texas, e Orlando. Esperemos que a Disneylândia goste da juventude.
-
1. A carreira dos sonhos
zoom_out_map
1/19 (Rose Lincoln/Harvard)
São Paulo – Nem ser chefe, nem ter uma carreira internacional. O que os jovens realmente querem para a própria trajetória é qualidade de vida. Pelo menos é o que mostra levantamento da
Universum feito a pedido de EXAME.com.
Dos 23 países analisados pela consultoria em 2013, os jovens de 20 deles apontaram o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional como o primeiro plano para a própria carreira.
No Brasil, por exemplo, quase 60% dos entrevistados sonham com um
emprego que garanta
qualidade de vida. Mas não só. Eles também querem um trabalho estável e que ofereça um senso de propósito.
Compilamos o ranking de metas e a expectativa do
salário inicial médio dos jovens de cada país.
Atenção: os dados em dólares são referentes a 2013. A conversão para reais levou em conta apenas o
câmbio desta segunda-feira – sem levar em conta outras variáveis do mercado no último ano.
-
2. Áustria
zoom_out_map
2/19 (Patrick Domingo/AFP/Getty Images)
Apesar da busca por equilíbrio, os jovens da Áustria querem também desafios. O salário médio esperado lá é mais ou menos US$ 3,5 mil (ou o equivalente a cerca de R$ 7,8 mil)
-
3. Brasil
zoom_out_map
3/19 (Agência USP)
A estabilidade e o propósito na carreira também são alvos dos jovens brasileiros. Por aqui, o salário médio esperado após a faculdade é de cerca de US$ 1,8 mil (ou o equivalente a mais ou menos R$ 3,9 mil)
-
4. Canadá
zoom_out_map
4/19 (Divulgação)
Em termos de expectativas profissionais, os canadenses compartilham dos mesmos sonhos que os brasileiros. No entanto, são mais ambiciosos quando o assunto é salário. Por lá, a remuneração esperada é de US$ 4,1 mil (ou o equivalente a pouco mais de 9 mil reais)
-
5. China
zoom_out_map
5/19 (Natalie Behring-Chisholm/Getty Images)
Uma vida equilibrada, um emprego estável e um cargo de liderança: eis o emprego ideal para um jovem chinês. O salário médio que eles esperam ao sair da faculdade é de pouco mais de mil dólares (ou o equivalente a cerca 2,3 mil reais)
-
6. Dinamarca
zoom_out_map
6/19 (JAY DIRECTO/AFP/Getty Images)
Os jovens dinamarqueses querem, além de qualidade de vida, um trabalho que tenha um propósito e que os desafie. Em termos de salário, a expectativa é por uma remuneração que chegue a 11 mil reais logo de cara (ou o equivalente a US$ 5,4 mil)
-
7. Finlândia
zoom_out_map
7/19 (OLIVIER MORIN/AFP/Getty Images)
Os jovens finlandeses também buscam estabilidade e desafio, além de qualidade de vida, em um emprego. Em termos de salário, querem chegar no mercado com uma remuneração média de 3,7 mil dólares (ou o equivalente a cerca de R$ 8,3 mil)
-
8. Alemanha
zoom_out_map
8/19 (Divulgação)
Além de qualidade de vida, estabilidade e desafios, os jovens alemães sonham com um salário de US$ 4,4 mil (ou cerca de 9,6 mil reais)
-
9. Hong Kong
zoom_out_map
9/19 (Jerome Favre/Bloomberg)
Em Hong Kong, o salário médio esperado é cerca de US$ 2,2 mil (ou o equivalentea a R$ 4,9 mil)
-
10. Índia
zoom_out_map
10/19 (Getty Images)
Os jovens indianos fugiram à tendência do resto do mundo. Para eles, estabilidade no emprego vale mais do que qualidade de vida. Pouco mais de 30% deles também miram uma carreira internacional. O salário médio esperado é de US$ 976 (algo em torno de 2,1 mil reais).
-
11. Itália
zoom_out_map
11/19 (Flickr.com/ bindalfrodo)
Na Itália, a expectativa média de salário é de US$ 2.069 (ou o equivalente a R$ 4,5 mil)
-
12. Japão
zoom_out_map
12/19 (Bloomberg)
Como poucos jovens ao redor do mundo, 24% dos japoneses entrevistados querem ser especialistas em alguma área. A expectativa de remuneração deles é de US$ 3.208 (ou cerca de R$ 7 mil) logo após a faculdade.
-
13. Noruega
zoom_out_map
13/19 (JOE KLAMAR/AFP/Getty Images)
O salário inicial esperado por um jovem norueguês é de US$ 6,5 mil (ou cerca de R$ 14,4 mil)
-
14. Singapura
zoom_out_map
14/19 (Wikimedia Commons)
A expectativa de salário inicial no Singapura é de US$ 2,7 mil (ou cerca de R$ 6 mil)
-
15. Espanha
zoom_out_map
15/19 (Cesar Manso/AFP Photo)
Os jovens espanhóis querem segurança no emprego ao mesmo tempo em que sonham com uma carreira empreendedora e inovadora (portanto, recheada de riscos). O salário inicial esperado é de US$ 2.072 (ou cerca de R$ 4,5 mil).
-
16. Reino Unido
zoom_out_map
16/19 (Getty Images)
Estabilidade e desafio, além de uma vida equilibrada. Eis a receita de carreira para fazer um jovem inglês feliz. O salário esperado por eles fica na faixa dos US$ 3,6 mil (ou cerca de R$ 8 mil)
-
17. Estados Unidos
zoom_out_map
17/19 (Jon Chase/Harvard)
Nos Estados Unidos, por fim, o salário médio esperado é de US$ 4,3 mil (ou o equivalente a R$ 9,5 mil)
-
18. Veja onde estrear no mercado de trabalho
zoom_out_map
18/19 (Getty Images)