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Pix por aproximação começa nesta sexta-feira; veja como funciona

Com a nova funcionalidade, basta o cliente encostar o celular na maquininha de cartão e concluir o pagamento por meio da tecnologia NFC

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 06h03.

A partir desta sexta-feira, 28, entra em vigor uma nova modalidade de pagamento via Pix por aproximação, que permite realizar transferências sem a necessidade de digitar senha. Neste primeiro momento, o recurso estará disponível apenas para celulares com sistema operacional Android.

Com a nova funcionalidade, basta o cliente encostar o celular na maquininha de cartão e concluir o pagamento por meio da tecnologia NFC. O Pix por aproximação também trará mais agilidade para compras online, eliminando a necessidade de QR Codes ou da função "copia e cola".

No comércio eletrônico, o processo será finalizado dentro do próprio site da empresa, permitindo que o pagamento seja feito com apenas um clique. O valor máximo por transação será de R$ 500, mas o usuário poderá reduzir esse limite ou definir um teto diário para essa modalidade.

Quem poderá usar e onde estará disponível?

Usuários de celulares Android poderão ativar o Pix por aproximação em suas carteiras digitais e utilizá-lo como fazem com cartões de débito e crédito. O recurso já vinha sendo testado desde novembro por grandes bancos e empresas de tecnologia, e agora começa a ser ampliado.

No caso de transações iniciadas por iniciadores de transação de pagamento (ITPs), como aplicativos e plataformas de pagamento, os bancos terão a obrigação de autorizar a operação. No entanto, a adesão ao Pix por aproximação por parte dos bancos e maquininhas ainda é opcional.

A expectativa é que a concorrência entre instituições financeiras leve a uma ampla adoção da funcionalidade. O Banco Central (BC) recomenda que os clientes consultem seus bancos para verificar a disponibilidade do serviço.

Parcerias e ausência do Apple Pay

Usuários de Android poderão utilizar o novo Pix por aproximação por meio do Google Pay, que já vinha testando a tecnologia com C6 Bank, PicPay e Itaú (através da maquininha Rede). Com a ampliação da iniciativa, mais 11 adquirentes passarão a oferecer o serviço:

  • Cielo
  • Getnet
  • PagBank
  • Stone
  • SumUp
  • Fiserv
  • Safra Pay
  • Sicredi
  • Azulzinha
  • Mercado Pago
  • Bin

A Apple não solicitou licença ao Banco Central para atuar como ITP, o que impede a integração do Pix por aproximação ao Apple Pay. Recentemente, a empresa foi obrigada pela União Europeia a permitir carteiras digitais concorrentes em seus dispositivos, mas ainda não há previsão para esse movimento no Brasil.

Segurança reforçada com biometria

Para usar o novo serviço, os clientes precisarão cadastrar suas chaves Pix na carteira digital ou diretamente em sites e aplicativos de lojas. A autorização será feita no ambiente do banco, da carteira digital ou do e-commerce.

Para cada transação, será exigida autenticação via biometria, reconhecimento facial, senha ou chave de segurança. Essa exigência deve reduzir fraudes e tornar as operações mais seguras.

Impacto no varejo

O Pix por aproximação pode impulsionar o uso do meio de pagamento no comércio e em serviços. Atualmente, a maior parte das transações com Pix ocorre entre pessoas (45%), enquanto os pagamentos no varejo ainda são inferiores.

Hoje, pagar com Pix em lojas físicas pode ser mais demorado do que com cartão, já que o cliente precisa abrir o aplicativo do banco, copiar um código e aguardar a confirmação da compra. A nova funcionalidade deve reduzir o abandono de carrinhos no comércio eletrônico e agilizar pagamentos presenciais.

Segundo o Banco Central, os pagamentos por aproximação já representam 65% das transações presenciais com cartões no Brasil. A expectativa é que o Pix siga essa tendência, principalmente porque suas taxas costumam ser menores que as cobradas pelos cartões, reduzindo os custos para lojistas.

Atualmente, o Pix já é o meio de pagamento mais usado no Brasil, com mais de 16 bilhões de transações no terceiro trimestre de 2024 , contra 5 bilhões no cartão de crédito.

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