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PIX pode reduzir pagamentos em dinheiro à metade em 10 anos

Segundo a consultoria Boanerges & Cia., neste ano cerca de 29% dos pagamentos feitos por consumidores no país serão em dinheiro vivo

Pagamentos: cartões de pagamentos só superaram o dinheiro em 2019 (Paulo Whitaker/Reuters)

Pagamentos: cartões de pagamentos só superaram o dinheiro em 2019 (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de julho de 2020 às 17h55.

Última atualização em 29 de julho de 2020 às 18h47.

A entrada em vigor do sistema instantâneo de pagamentos no Brasil, o PIX, a partir de outubro, deve acelerar a redução do uso do papel moeda para cerca de metade do que representa atualmente, de acordo com um levantamento.

Segundo a consultoria especializada em varejo financeiro Boanerges & Cia., neste ano cerca de 29% dos pagamentos feitos por consumidores no país serão em dinheiro vivo, proporção que deve diminuir para cerca de 14% a 15% em 2030.

Num cenário conservador, em 2030 os pagamentos instantâneos movimentarão um montante de 831 bilhões de reais, ou cerca de 15% dos 5,6 trilhões de reais estimados para serem movimentados no consumo privado naquele ano. Enquanto isso, o pagamento instantâneo poderá alcançar 24% do total.

Segundo dados da consultoria, os cartões de pagamentos, criados na década de 50, só superaram o dinheiro em 2019, ou seja, quase 70 anos depois.

"Agora, com os pagamentos instantâneos, teremos uma nova ultrapassagem, com inversão de posição, em apenas uma década”, disse Boanerges Ramos Freire, autor do estudo, avaliando que esse cenário tem a ver que os benefícios do pagamento instantâneo para os participantes envolvidos nas transações, incluindo redução de custos e maior agilidade.

De acordo com o estudo, dentre as instituições participantes do sistema eletrônico atual de pagamentos, incluindo cartões de crédito e de débito, as bandeiras serão as mais atingidas com a entrada em vigor do PIX, seguidas pelas adquirentes e pelos emissores de cartões, os bancos.

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