Imóveis: houve um aumento 270% em empréstimos visando melhorias na casa (Casa e moedas; imóveis/Thinkstock)
Karla Mamona
Publicado em 20 de julho de 2020 às 11h44.
Os empréstimos consignados aumentaram durante o período de isolamento social. As pessoas têm tomado crédito para realizarem melhorias na casa em que moram.
Uma pesquisa realizada pela fintech Paketá Crédito apontou que antes da pandemia de coronavírus, o investimento em reformas e em melhorias nas moradias representava 10% do total dos pedidos de empréstimo feitos na plataforma da fintech. Na quarentena, as solicitações para esse fim, que engloba reforma de imóveis, pequenos reparos e compra de mobília, saltou para 37%, um aumento de 270%.
O valor médio dos empréstimos também subiu. Antes da pandemia, a média era de 3.000 reais. Atualmente, subiu para 7.000 reais. “O crescimento da concessão de crédito para reformas e manutenção residencial está relacionada ao fato de as pessoas permanecerem mais tempo em casa. Com a adoção do home office por muitas empresas, elas querem ter um ambiente agradável para trabalhar”, explica Fabian Valverde, CEO da Paketá Crédito.
O levantamento apontou também que o principal motivo pelos quais os trabalhadores recorrem ao empréstimo consignado ainda é para quitar dívidas. Entretanto, houve uma queda nos pedidos. Antes da pandemia, 55% dos empréstimos tinham essa finalidade, contra 42% atualmente.
Outro motivo que os trabalhadores têm tomado crédito é com a finalidade de ajudar os familiares, com 17%. “Isso pode ser explicado pelo aumento do desemprego e a redução da jornada de trabalho que ocasionou a queda na renda de muitas famílias. Com isso, quem tem acesso ao consignado privado encontrou nele uma saída para manter os gastos na casa ou mesmo para ajudar um parente”, finaliza Valverde.