Compras online: dois terços dos entrevistados têm usado menos papel-moeda ou não têm usado de forma alguma (Getty Images/Getty Images)
Natália Flach
Publicado em 6 de julho de 2020 às 14h35.
Última atualização em 6 de julho de 2020 às 14h58.
Que a pandemia do novo coronavírus acelerou a substituição do papel-moeda (dinheiro em espécie) por meios de pagamentos digitais todo mundo sabe. A novidade é que, para 70% dos consumidores entrevistados na América Latina, a mudança não terá volta. Essa é uma das conclusões de um estudo feito pela bandeira de cartões de crédito Mastercard obtida com exclusividade pela EXAME. Mais da metade dos brasileiros planeja usar menos dinheiro, mesmo depois que a pandemia acabar, segundo uma pesquisa da Mastercard.
Desde o início da crise econômica e de saúde, dois terços dos entrevistados têm usado menos papel-moeda ou não têm usado de forma alguma. Quando perguntados sobre as mudanças que acreditam que serão perenes, 85% dos colombianos, 69% dos mexicanos e 63% dos brasileiros citaram pagamentos por aproximação.
Outra tendência que deve ser permanente está relacionada ao crescimento do comércio eletrônico. Para se ter ideia, no primeiro trimestre, os pagamentos online superaram pela primeira vez os pagamentos nas lojas físicas da Mastercard. A expectativa é que 54% dos colombianos, 52% dos brasileiros e 46% dos mexicanos comprem mais pela internet.
“A América Latina está na vanguarda da transformação digital. Os consumidores da região são altamente conectados e adotam rapidamente as novas tecnologias”, disse Ana Paula Lapa, vice-presidente de produtos e inovação na Mastercard Brasil e Cone Sul, em nota.
Mercado Livre / Mercado Pago, PayPal e Didi (99) são alguns dos clientes que usam o Mastercard Digital Enablement Service (MDES), um serviço que transforma números de cartões em tokens. Com ele, reduz as chances de fraudes. “Aproximadamente 70% dos cartões na região já estão habilitados para MDES e estamos vendo um aumento significativo no número de transações sendo tokenizadas. Esse crescimento gera um efeito cascata em todo o setor, resultando em tranquilidade para os consumidores e redução de fraudes para comerciantes e emissores”, acrescentou Lapa.