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Os melhores e piores investimentos de janeiro

Ouro, dólar e título Tesouro IPCA+ com vencimento em 2019 lideram o balanço de investimentos de janeiro


	Ouro, dólar e título público indexado à inflação lideram o balanço de janeiro
 (AndreyPopov/Thinkstock)

Ouro, dólar e título público indexado à inflação lideram o balanço de janeiro (AndreyPopov/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 18h35.

São Paulo - O ouro foi a aplicação financeira que apresentou o melhor rendimento do balanço de investimentos de janeiro, uma alta de 7,38%. Em seguida, aparece o dólar, com valorização de 4,58%. 

Dentre os investimentos de renda fixa, que são mais conservadores, o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2019, título público vendido pela plataforma Tesouro Direto, apresentou o melhor resultado do balanço, uma alta de 4,38%. Esse título rende a inflação medida pelo IPCA mais juros.

O Tesouro Prefixado com vencimento em 2017 apresentou o segundo melhor desempenho quando considerados os investimentos apenas de renda fixa, uma valorização de 2,20%. O título paga ao investidor uma taxa de juro definida no momento da compra.

Veja, na tabela a seguir, as variações de alguns dos principais índices e investimentos do mercado em janeiro:

Aplicação Desempenho em janeiro
Ouro BM&F 7,38%
Dólar comercial 4,58%
Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal) 4,38%
Tesouro Prefixado 2017 (LTN) 2,20%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2017 (NTN-F) 2,13%
Tesouro Prefixado 2021 (LTN) 1,81%
Fundos Renda Fixa Indexados* 1,76%
Fundos Multimercados Investimento no Exterior 1,53%
Fundos Multimercados Macro* 1,26%
Tesouro Selic 2017 (LFT) 1,14%
IPCA (estimativa do Banco Central)** 1,09%
Fundos Multimercados Juros e Moedas* 1,04%
CDI* 1,00%
Selic* 1,00%
Tesouro Selic 2021 (LFT) 0,96%
Fundos Renda Fixa Simples 0,92%
Poupança antiga* 0,70%
Poupança nova* 0,70%
IGP-M (estimativa do Banco Central)** 0,65%
Fundos Renda Fixa Investimento no Exterior -0,18%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B) -0,83%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B) -2,72%
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) -5,35%
Fundos de Ações Investimento no Exterior -6,05%
Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) -6,17%
Fundos de Ações Livre* -6,64%
Ibovespa -6,79%
Fundo de Ações Dividendos* -8,19%
Fundos de Ações Small Caps* -8,68%
Fundos de Ações Indexados -12,99%

(**) Expectativa de inflação para o mês de janeiro de 2016, segundo os Indicadores Econômicos Consolidados do Banco Central.(*) O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento. Fontes: Anbima, Banco Central, BM&FBovespa e Tesouro Nacional

Os rendimentos de todos os fundos da tabela são referentes ao fechamento do dia 29 de janeiro. As expectativas sobre o IGP-M e o IPCA foram fechadas no dia 22 de janeiro. Já os dados sobre a poupança e o CDI são relativos ao dia 28. As rentabilidades do dólar, dos títulos públicos, da Selic, do Ibovespa e do Ifix tiveram como base o fechamento do dia 29. O rendimento do ouro BM&F é relativo ao fechamento do dia 28.

Vale ressaltar que os rendimentos apresentados pelos títulos públicos da tabela são referentes ao mês de janeiro. Assim, eles refletem o retorno que o investidor teria ao comprar os títulos em dezembro e vendê-los neste mês. Caso mantenha os títulos até o prazo de vencimento, ele terá exatamente a rentabilidade indicada na aquisição do título.

Volatilidade valoriza ativos na renda variável

Em janeiro, a maior volatilidade da economia internacional, impulsionada por novos dados de desaceleração das principais economias emergentes, com destaque para a China, fez com que ativos como o ouro e o dólar fossem vistos como um porto seguro entre as aplicações de renda variável.

Em momentos de aumento do risco, esses ativos tendem a se valorizar ante aplicações de risco mais alto, como ações, explica Rogério Braga, diretor de fundos multimercados e renda fixa da gestora Quantitas.

Novos indicadores sobre um crescimento mais fraco da economia brasileira este ano levaram a bolsa e fundos ligados a ações de empresas no país a serem os destaques negativos do mês. Os fundos de ações indexados a índices como o Ibovespa registraram a maior queda de rentabilidade no mês: -12,99%. No mês, o Ibovespa registrou queda de 6,79%.

A desvalorização das ações pode ser uma oportunidade para investir no mercado, diz Braga. "Alguns papéis podem estar chegando a um patamar de preço interessante". No entanto, é necessária uma análise cautelosa para escolher em quais ações investir. "A análise deve ser feita caso a caso e deve considerar como o cenário econômico afeta cada empresa". 

Títulos indexados à inflação são destaques na renda fixa

Entre os investimentos mais conservadores, o Tesouro IPCA, título público indexado a índices de preço foi mais uma vez o destaque no mês.

Como o Banco Central optou pela manutenção da taxa Selic na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada este mês, as taxas de juros de curto prazo caíram, enquanto a expectativa para a inflação aumentou. "Ambos os fatores contribuíram para a valorização do título IPCA+ com vencimento em 2019", diz Braga, da Quantitas.

Para o gestor, títulos indexados à inflação devem continuar a ser o destaque entre investimentos de renda fixa nos próximos meses porque a inflação deve continuar pressionada no país. "O Banco Central ainda não sinalizou nenhuma política de contenção eficaz dos índices de preços", explica.

Confira três investimentos fáceis que rendem mais que a poupança

Veja, no vídeo a seguir, como a taxa Selic influencia a rentabilidade de diversos investimentos do mercado:

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