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1. Fortunas por um mundo melhor
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1/6 (Ethan Miller/Getty Images)
São Paulo – Nomes como Carnegie e Rockefeller passaram para a história como sinônimos de grandes fortunas. Mais do que isso, como sinônimos de grandes obras em prol das causas nobres, como cultura, educação e medicina. A filantropia faz parte da cultura americana, a ponto de ser possível dizer que boa parte de seu ensino de excelência se deve a ela. Hoje, os Estados Unidos têm novos Carnegies e Rockefellers. Warren Buffett e Bill Gates, por exemplo, se tornaram tão compromissados com a filantropia que criaram o projeto The Giving Pledge, por meio do qual convocam outros bilionários à sua causa. Atualmente, 69 deles – muitos com seus cônjuges - já se dispuseram a doar ao menos metade de suas fortunas para as boas causas, seja em vida ou após a morte. Pessoas que destinam suas fortunas à causa de um mundo melhor já são realidade por toda parte, inclusive no Brasil, onde a filantropia ainda engatinha entre os bilionários. Num país onde a filantropia não é incentivada pelo governo, ganharam notoriedade apenas alguns poucos nomes, como Elie Horn, João Paulo Lemman, Joseph Safra e a família Moreira Salles. A seguir, você conhece os maiores filantropos do mundo, segundo a revista Forbes.
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2. 1. Bill e Melinda Gates
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2/6 (Getty Images)
Assim como Jonh Rockefeller fez no fim da vida, o co-fundador da Microsoft decidiu se afastar do dia a dia de sua empresa para dedicar-se à filantropia. A fundação de Bill e sua mulher, Melinda, dedica-se ao desenvolvimento educacional nos Estados Unidos e ao combate de doenças como HIV/Aids, malária e poliomielite ao redor do mundo. Desde o surgimento da entidade, em 1994, o casal já doou 28 bilhões de dólares de sua fortuna, atualmente avaliada em 56 bilhões. Leia um trecho da carta de Bill e Melinda Gates ao projeto “The Giving Pledge”, fundado por eles e Warren Buffett: “Nós comprometemos a grande maioria de nossos recursos à Fundação Bill e Melinda Gates para ajudar a pôr um fim em mortes que podem ser prevenidas como essas [causadas pelo rotavírus], e para pôr abaixo outras barreiras à saúde e à educação que impedem as pessoas de aproveitar suas vidas ao máximo. O princípio que nos motiva é o de que todas as vidas têm igual valor. Em outras palavras, significa que nós acreditamos que cada criança merece a chance de crescer, sonhar e fazer algo grande. Nós fomos abençoados com boa sorte além de nossas mais loucas expectativas, e nós somos profundamente gratos. Mas como esses presentes são tão grandiosos, nos sentimos na responsabilidade de fazer bom uso deles. É por isso que, com prazer, selamos um compromisso explícito com ‘The Giving Pledge’.”
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3. 2. Warren Buffett
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3/6 (Getty Images)
O entusiasta da filantropia Warren Buffett comprometeu-se, em 2006, a doar 99% de sua fortuna às causas nobres, ao longo da vida e após sua morte. Atualmente dono de 50 bilhões de dólares, o megainvestidor já está doando, aos poucos, 31 bilhões de dólares em ações da Berkshire Hathaway para a Fundação Bill e Melinda Gates e a fundações de outros membros da família Buffett. Até agora, já foram repassados 8,3 bilhões de dólares. Leia um trecho da carta de Buffett ao projeto “The Giving Pledge”, fundado por ele e Gates: “Eu trabalhei em uma economia que recompensa quem salva a vida de outros no campo de batalha com uma medalha, recompensa um grande professor com bilhetes de agradecimento dos pais, mas recompensa aqueles que detectam a distorção de preços de ativos com somas que atingem os bilhões. Em suma, a distribuição do destino é fruto do capricho. A minha reação e a da minha família à nossa sorte extraordinária não é culpa, mas gratidão. Ao usar mais de 1% dos meus ativos com nós mesmos, nem nossa felicidade, nem nosso bem-estar sofreriam melhora. Em contraste, os demais 99% podem ter um efeito enorme na saúde e na prosperidade de outros. A realidade estabeleceu um caminho óbvio para mim e para minha família: manter tudo que nós possamos precisar e distribuir o restante às necessidades da sociedade. Meu compromisso nos inicia neste caminho.”
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4. 3. George Soros
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4/6 (Alex Wong/Getty Images)
Dono de uma fortuna quase cinco vezes inferior a dos outros dois colegas de pódio, o megainvestidor húngaro-americano George Soros já doou 8 bilhões de dólares a causas humanitárias desde 1979. Hoje, sua fortuna é avaliada em 14,5 bilhões de dólares. Inicialmente, suas causas envolviam saúde, pesquisa científica na Rússia e ajuda humanitária aos ciganos da Europa do Leste. Em 1984, o gestor de fundos hedge estabeleceu as Fundações Open Society, cujo trabalho é focado na promoção dos direitos humanos, da democracia, da justiça, da educação e da saúde pública em mais de 70 países da Europa, Ásia, África e América Latina.
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5. 4. Gordon e Betty Moore
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5/6 (Justin Sullivan/Getty Images)
Donos de uma fortuna de 4 bilhões de dólares, o co-fundador da Intel, Gordon Moore, e sua esposa Betty já doaram 6,8 bilhões de dólares em ações para a Fundação Gordon e Betty Moore. A entidade dedica-se à conservação ambiental e à pesquisa científica ao redor do mundo, assim como à melhora da qualidade de vida na região da Baía de São Francisco, onde o casal mora há mais de 70 anos. Uma das causas apoiadas pela fundação, inclusive, tem a ver com uma história pessoal dos filantropos. Após ter recebido uma injeção errada de uma enfermeira em um hospital, Betty Moore decidiu também apoiar a educação de profissionais de enfermagem. A fundação também é um dos financiadores da construção do maior telescópio do mundo no Havaí.
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6. 5. Carlos Slim Helú
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6/6 (Getty Images)
O homem mais rico do mundo, com uma fortuna de 74 bilhões de dólares, é “apenas” o quinto maior filantropo. O magnata mexicano das telecomunicações se diz um pouco avesso à caridade, pois acredita ser melhor criar empregos por meio de seu trabalho do que simplesmente doar dinheiro. Mesmo assim, doou 4 bilhões de dólares à Fundação Carlos Slim, dedicada a programas de educação e saúde principalmente no México, mas também em outros países latino-americanos. Uma doação de 100 milhões de dólares da Clinton Global Initiative, de Bill Clinton, está ajudando a Fundação Carlos Slim a pagar por 50.000 cirurgias de catarata no Peru. Com a Fundação de Bill Gates e o governo da Espanha, a entidade de Slim também está gastando 150 milhões de dólares em nutrição e prevenção de doenças na América Central.