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1. Os principais alvos de julho
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1/12 (Quatro Rodas/ Christian Castanho)
São Paulo – No
ranking dos 10
carros com maior frequência de roubos do mês de julho, o Fiat Ducato aparece no topo da lista, com 51 unidades roubadas no mês, entre uma frota de 52.780 carros, o equivalente a um carro roubado a cada 10.000 circulantes. A
Fiat é a montadora que mais aparece na lista: cinco dos 10 carros do ranking são da Fiat, sendo que 4 deles ocupam as quatro primeiras posições. O ranking da CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais) mensura a quantidade de roubos de cada modelo em relação ao tamanho da frota circulante. Assim, os modelos que têm mais carros circulando não aparecem sempre como os mais roubados, mas sim os carros que de fato são roubados com mais frequência. O que pode explicar um Ducato no topo da lista e um Gol fora do ranking. Claudio Royo, sócio da Economizenodeguro.com, site do grupo Brasil Insurance, explica que entre os carros da Fiat que aparecem na lista, os utilitários são mais roubados pelo maior desgaste e pela maior exposição a riscos (por serem mais usados para trabalho) e o restante tem alta frequência de roubo porque suas peças são caras em relação aos seus valores de mercado. “Os roubos sempre estão muito relacionados ao custo de reposição da peça de cada carro, quanto mais caras, mais elas vão ser buscadas no mercado paralelo e mais roubado o modelo vai ser”, diz. Um total de 20.017 carros foram roubados entre os 47.371.469 que circularam pelas ruas no mês de julho, ou 4,2 carros a cada 10.000 veículos circulantes. A frequência de roubos, de 0,042%, foi a mesma verificada em junho, quando 19.987 foram roubados em um universo de 47.275.197 carros. Clique nas fotos acima e confira os carros que aparecem na lista de julho e por que eles estão entre os mais roubados.
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2. 1º lugar: Fiat Ducato
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2/12 (Divulgação)
Quantidade de roubados/furtados em julho: 51 Frota em julho: 52.780 Frequência de roubos/furtos: 0,097% A van da Fiat é produzida há quase 12 anos no Brasil e é líder do segmento furgões grandes. Usado para transportar pessoas ou cargas, o modelo costuma ter uma demanda alta de peças de reposição por ter alto nível de desgaste. “Além de ser usado para carga, o Ducato foi muito vendido para ser usado como veículo escolar, então é um carro de alto nível de uso e o acesso à peça é limitado pelo custo ou pelo estoque, o que acaba motivando numero de maior de roubo”, explica Claudio Royo.
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3. 2º lugar: Fiat Stilo
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3/12 (Quatro Rodas)
Quantidade de roubados/furtados em julho: 85
Frota em julho: 90.975
Frequência de roubos/furtos: 0,093%
O Fiat Stilo avançou uma posição no ranking dos mais roupados, passando do 3º lugar em junho para o segundo lugar em julho. Lançado no mercado brasileiro em 2002, o encerramento da produção do hatch médio em 2010 pode explicar sua constância no pódio dos mais roubados. “Quando um carro está fora de linha, aumenta a dificuldade de encontrar suas peças e a tendência é que aumente o índice de roubo”, comenta Claudio Royo. Ele esclarece que ao sair de linha, o valor de mercado do carro sofre uma desvalorização, enquanto as peças originais continuam com o mesmo preço, o que as torna mais caras em termos relativos. “O Stilo é um carro que muita gente compra de segunda mão, por 25.000, 27.000 reais. O problema é que na hora que quebra uma peça, a concessionária não a repõe pelo valor de um usado, ela faz a manutenção do carro de acordo com o valor que ele tinha quando era novo e custava 50.000 reais”, diz Royo.
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4. 3º lugar: Fiat Punto
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4/12 (Divulgação)
Quantidade de roubados/furtados em julho: 87 Frota em julho: 95.972 Frequência de roubos/furtos: 0,091% Líder do ranking em junho, o hatch compacto premium da Fiat passa a ocupar a terceira posição na lista de julho. O carro é o 35º veículo mais vendido em 2012 segundo medição da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), que considera motos e carros. O sócio da Economizenoseguro.com atribui o alto índice de roubo do Punto ao elevado valor de suas peças. “Quando as peças são caras, aumenta a busca no mercado paralelo. Uma peça no mercado negro pode custar 60% do valor da peça vendida na concessionária”. Além disso, como o modelo traz diversos itens de série - como computador de bordo, faróis de neblina, Fiat Code, sistema Follow Me Home, parabrisa degradê, alerta de manutenção, entre outros – o carro é bastante roubado para atender a demanda do mercado paralelo por acessórios e outras peças que possam ser usadas em modelos mais básicos da montadora.
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5. 4º lugar: Fiat Fiorino
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5/12 (Divulgação)
Quantidade de roubados/furtados em julho: 295 Frota em julho: 339.738 Frequência de roubos/furtos: 0,087% O Fiat Fiorino também subiu no ranking do mês de junho para julho, passando do quinto para o quarto lugar. Royo explica que o furgão leve da Fiat, assim como o Ducato, por ser um utilitário é um carro usado com maior frequência que os carros de passeio e tem maior necessidade de reposição de peças. “É um carro muito usado para trabalhar. Ninguém compra um Fiorino para passear com a família no final de semana. Com o desgaste maior, a busca de peças também aumenta e pressiona a demanda no mercado paralelo”, avalia. Ele também acrescenta que pelo fato de o carro passar muito tempo na rua, ele fica mais exposto aos roubos. O Fiorino foi lançado em 1980 e atualmente é líder no segmentos de veículos comerciais leves. Este ano ficou em primeiro lugar na categoria “Furgão Leve do Ano” em uma das mais importantes premiações de veículos comerciais, o Prêmio Lótus.
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6. 5º lugar: Peugeot 307
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6/12 (QUATRO RODAS)
Quantidade de roubados/furtados em julho: 71 Frota em julho: 83.729 Frequência de roubos/furtos: 0,085% O Peugeot 307 caiu do 2º lugar do ranking de junho para o 5º lugar em julho. Claudio Royo acredita que a mesma explicação do Stilo vale para o hatch médio da Peugeot. “É um carro que normalmente os proprietários não usam por mais de dois anos, três anos, então muita gente compra o Peugeot 307 usado, mas apesar de ele ser vendido por 30.000 reais usado, suas peças de reposição têm custo equivalente ao preço do 307 novo, que pode chegar a 60.000 reais”, diz. Como o preço da peça fica relativamente caro, levando em conta o valor total do carro, os motoristas acabam recorrendo a itens mais baratos nos desmanches. Também pesa o fato de que o carro mantém em modelos atuais algumas das mesmas peças usadas nos modelos anteriores, por isso um mesmo item pode servir para muitos carros, aumentando a demanda no mercado paralelo, que sempre busca roubar as peças que terão mais potencial de venda.
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7. 6º lugar: Spacefox
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Quantidade de roubados/furtados em julho: 64 Frota em julho: 82.081 Frequência de roubos/furtos: 0,078% O Spacefox também caiu algumas posições no ranking: passou do 4º lugar em junho, para o sexto em julho. No caso do Spacefox, o fato de o carro ser bastante equipado é o que contribui para que suas peças sejam mais cobiçadas pelo mercado negro. “É um carro que tem farol com máscara negra, direção hidráulica, ar condicionado, roda de liga leve e muitas peças servem em vários outros modelos mais básicos da Volkswagen, como Gol, Fox e Crossfox”, explica Royo. O modelo sportvan lançado em 2007 no Brasil tem painéis e espaço interno semelhantes ao Fox e Crossfox, mas é mais completo.
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8. 7º lugar: Chevrolet Meriva
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8/12 (Divulgação)
Quantidade de roubados/furtados em julho: 163 Frota em julho: 216.262 Frequência de roubos/furtos: 0,075% “Com a Meriva ocorre o mesmo evento do Punto e do Spacefox. É um carro muito comprado com alguns anos de uso, por um valor mais baixo, como 25.000 reais e as peças de reposição vendidas correspondem ao valor do carro zero, que custa por volta de 50.000 reais”, explica Royo. A Meriva foi lançada em agosto de 2002 e desenvolvida sobre a plataforma do Corsa, por isso, algumas peças como mostradores, sistema de som e volante são comuns aos dois carros, em algumas versões. Como as peças são compatíveis com um número maior de carros, a busca por um mesmo item aumenta. Outro caso que se aplica à lógica de que o mercado paralelo busca os modelos que terão mais procura.
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9. 8º lugar: Renault Mégane
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9/12 (EXAME.com)
Quantidade de roubados/furtados em julho: 60 Frota em julho: 82.081 Frequência de roubos/furtos: 0,072% “O Mégane é um carro que saiu de linha e por isso, dependendo do modelo, ele pode custar apenas12.000 reais. O problema é que, na hora da reposição, a lanterna dele vai custar 1.000 reais, valor que corresponderia à lanterna de um modelo novo. Então, o dono que pagou 12.000 reais no carro não vai pagar 1.000 reais apenas pela lanterna e vai buscar as peças roubadas”, explica o sócio da Economizenoseguro.com. Royo justifica que os carros mais depreciados costumam apresentar os mais altos índices de roubo, pois são estes os modelos que acabam ficando com peças mais caras em relação ao preço total do carro. “Um carro automático que custa 20.000 reais e precisa passar por uma reparação no câmbio que vai custar 8.000 reais tem um conserto quase mais caro que o próprio carro”, exemplifica.
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10. 9º lugar: Fiat Idea
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10/12 (Quatro Rodas)
Quantidade de roubados/furtados em julho: 101 Frota em julho: 142.982 Frequência de roubos/furtos: 0,071% A minivan compacta da Fiat passou do sexto lugar no ranking de julho para o nono lugar em julho. O Idea está na 44ª posição entre os carros mais vendidos em 2012, segundo a Fenabrave. Segundo Claudio Royo, o Idea também se encaixa nos casos dos veículos que têm peças caras em relação ao seu valor de mercado. “Este é o principal fator que motiva o roubo”, afirma.
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11. 10º lugar: Renault Sandero
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Quantidade de roubados/furtados em julho: 166 Frota em julho: 239.840 Frequência de roubos/furtos: 0,069% O Sandero manteve-se no décimo lugar da lista dos carros com maior frequência de roubo entre junho e julho e é o 14º veículo mais vendido em 2012, segundo a Fenabrave. “O Renault Sandero é um carro que tem peças que servem para diversas versões e isso leva as versões mais completas a serem roubadas para que suas peças sejam vendidas para abastecer as versões mais básicas”, explica Royo.
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12. Veja também
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12/12 (Stock.xchng)