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1. Quando os benefícios compensam o custo
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1/8 (EXAME)
São Paulo – Se olhar o retorno sobre o investimento é uma constante na vida de quem aplica o dinheiro em ações ou títulos públicos, o mesmo raciocínio não costuma permear a relação que o consumidor trava com seu cafezinho matinal. Mas deveria. Para provar esse ponto de vista, uma reportagem da
rede americana CNBC apresentou uma série de itens cujos ganhos futuros superam em boa medida o custo para colocá-los no carrinho. “É preciso voltar os olhos para a relação de custo benefício dos produtos. Essa é a linha da verdadeira economia”, reforça Maria Inês Dolci, coordenadora da ong de defesa do consumidor ProTeste. Adaptadas à realidade brasileira, confira as situações em que vale a pena gastar um pouco mais para economizar lá na frente.
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2. 1. Chuveiro elétrico
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2/8 (DIvulgação)
Invariavelmente apontado como o grande vilão da conta de energia, o chuveiro elétrico é – surpresa – um aliado na luta por preços mais em conta. A conclusão é de um estudo conduzido pelo Centro Internacional de Referência em Reuso de Água (CIRRA), vinculado à Universidade de São Paulo. Com o equipamento elétrico, um banho de oito minutos custa em média 30 centavos considerado o consumo de água e também de energia. Com aquecedores a gás esse preço é de 59 centavos, e com dispositivas de acumulação elétrica (boilers) o valor sobe para 1,08 real. É verdade que os chuveiros híbridos solares são mais econômicos: ficar oito minutos sob o jato de água quente custa apenas 27 centavos. Mas segundo o estudo, o custo de aquisição e instalação do chuveiro elétrico é infinitamente superior: 31 reais contra 888 reais do híbrido solar. Vale lembrar que quando usado na posição verão, o equipamento dá uma mão e tanto na economia de energia, reduzindo o consumo em até 30%.
Produto paga por si em três meses e meio
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3. 2. Gás Natural Veicular
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3/8 (Quatro Rodas/Quatro Rodas)
Na Itália, o uso do gás natural veicular, ou simplesmente GNV, começou ainda na década de 30. Por aqui, o governo autorizou o uso do combustível em veículos particulares apenas em 1996. Com o preço do álcool chegando perto do gás, a conversão perdeu o apelo que tinha conquistado nos últimos anos. De qualquer forma, um cálculo simples mostra que quem roda muitos quilômetros por dia continua ganhando com a conversão. Um carro 1.0 com capacidade de andar 10 km/l com gasolina, fará cerca de 13km/m³ com GNV e 6,5 km/l com álcool. Considerado o último levantamento de preços divulgado pela ANP, o consumidor que dirigisse 1.500 km em um mês - ou 50 km por dia, gastaria cerca de 186 reais com o GNV, contra 387 reais com a gasolina e 401 reais com o álcool.
Há de se ressaltar que a instalação do kit de GNV não sai barato e ocupa um bom espaço no porta-malas. Com dois cilindros pequenos de gás, que garantem uma autonomia de 200 km, o motorista gastaria em torno de 2.400 reais. Ainda assim, o desembolso seria compensado em exatamente um ano, caso ele continuasse rodando os mesmos 50 km diários. Outro benefício importante está no abatimento do IPVA em algumas regiões do país. No Paraná, o desconto sobre o valor do imposto é de 60%, enquanto no Rio de Janeiro esse percentual é de 75%. Produto paga por si depois de 1 ano
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4. 3. Filtro de água
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4/8 (Saúde)
Os preços dos filtros de água podem assustar o consumidor. Modelos que prometem muito mais do que livrar a água das bactérias chegam a custar mais de 1.500 reais. São equipamentos que regulam a temperatura em diversos níveis, liberam cálcio, magnésio e ozônio, e tiram do líquido o eventual sabor de cloro. Há, no entanto, filtros que cumprem com a sua função por um preço bem mais em conta. Vários modelos de barro podem ser encontrados por menos de 60 reais. Nesse caso, o benefício entregue pelo produto compensa em menos de um mês o gasto com a água engarrafada. Com galões de 5 litros variando entre 4 e 7 reais, beber dois litros de água por dia pode custar mais que 80 reais mensais para o consumidor.
Produto paga por si em menos de um mês
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5. 4. Pilhas recarregáveis
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5/8 (INFO)
Se é preciso reunir um exército de pilhas para abastecer câmeras fotográficas, brinquedos e equipamentos sem fio, a tarefa tornou-se mais fácil com a popularização dos carregadores de bateria e das pilhas recarregáveis. Os primeiros são encontrados por valores que variam entre 30 e 70 reais. Na mesma faixa de preço, o consumidor pode levar para casa um pacote com quatro pilhas recarregáveis AA. Considerando um desembolso de aproximadamente 100 reais pelos produtos, é possível suprir a “demanda energética” de dois controles remotos por anos a fio. Já quatro pilhas descartáveis costumam custar cerca de 10 reais , mas no longo prazo ficam mais caras à medida que o consumidor precisa substituí-las com frequência. No caso da bateria recarregável ainda há vantagem da maior durabilidade - com menos chance de que o usuário de algum produto eletrônico fique sem poder usá-lo por falta de uma fonte de energia. Produto paga por si em até 1 ano
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6. 5. Termostato digital
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6/8 (Wikimedia Commons)
Por um investimento que vai de 85 a 210 reais, os termostatos digitais permitem a programação automática de funcionamento do aquecedor. Desta forma, é possível ajustar o equipamento para ficar ligado na hora que o indivíduo se prepara para o trabalho, evitando o gasto com o equipamento durante o sono. Com a programação, ele pode ser ligado novamente na hora que o morador volta para casa, fazendo com que ele encontre o ambiente sempre aquecido. A revista Consumer Reports, referência na avaliação de produtos nos Estados Unidos, estima que é possível reduzir a conta de luz em até 20% com o uso dos termostatos digitais programáveis. Para isso, não é preciso sequer desligar completamente o aquecedor. Basta ajustá-lo de 5 a 10 graus na hora do sono. Portanto, quem gasta 200 reais com a conta de energia elétrica e compra o aparelho pelo mesmo preço pagará o investimento em cinco meses apenas com a economia realizada.
Produto paga por si em até 1 ano
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7. 6. Cafeteira
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7/8 (Divulgação)
Expresso, simples, pingado ou cremoso. A percepção de que as pessoas gastam muito dinheiro com o café de todos os dias levou o consultor financeiro David Bach a cunhar o termo “Fator Latte” para explicar todos os pequenos gastos que, devidamente somados, abocanham uma boa parcela do orçamento pessoal. Se você pedir um café de quatro reais todos os dias, o desembolso mensal com a bebida será de 80 reais. Parece pouco? No ano, a despesa chegará perto de 1.000 reais. Fazer o cafezinho em casa é uma alternativa para driblar esse gasto. Boas cafeteiras elétricas são encontradas por valores que partem de 50 reais. Modelos mais sofisticados, com sistema de cápsulas e funções automatizadas, podem ser comprados por 500 reais. Em ambos os casos, o produto pagará por si depois de determinado tempo, prometendo ainda mais economia quando, quitada a conta do equipamento, a única obrigação for manter o estoque de grãos na despensa.
Produto paga por si em um mês
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8. 7. Lâmpada fluorescente
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8/8 (CLAUDIA)
A economia feita com a troca de lâmpadas incandescentes (amarelas) por fluorescentes (frias) é alimentada por duas frentes. Em primeiro lugar, as fluorescentes precisam de menos potência para prover uma boa iluminação. Em consequência disso, consomem muito menos energia. Além disso, a vida útil dessas lâmpadas larga na frente - e mantém uma distância confortável - da duração apresentada pelas suas concorrentes incandescentes. Enquanto uma lâmpada fluorescente pode ser trocada a cada oito anos (com duração de 750 horas por ano), uma lâmpada incandescente é substituída, em média, a cada 360 dias. Assim, quem trocar uma lâmpada incandescente de 60W (3,70 reais) por uma fluorescente de 15W (10 reais), poupará até 80% do consumo de energia. Mantida a economia, o investimento na troca dos itens deve se pagar em menos de 3 meses.
Produto paga por si em três meses