Minhas Finanças

O que fazer quando o banco não aceita negociar a dívida?

Internauta não consegue chegar a um acordo para pagar dívida no cheque especial e pergunta como pode solucionar o problema


	Homem endividado: internauta não aceita proposta do banco e pergunta como deve solucionar o impasse
 (Getty Images)

Homem endividado: internauta não aceita proposta do banco e pergunta como deve solucionar o impasse (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 13h50.

Dúvida da internauta: Não consigo negociar com o banco uma dívida de 3 mil reais no cheque especial.

Tenho mais duas dívidas no banco que já foram negociadas e estão sendo pagas em dia: um valor de 3,8 mil reais no cartão de crédito e 1,1 mil reais em empréstimos.

Procurei a instituição financeira para buscar uma solução para pagar a dívida no cheque especial e me disseram que eu só poderia negociar o valor em conjunto com as outras duas dívidas que tenho no banco.

A proposta é que eu pague os três débitos em 19 parcelas de 754 reais, com juros de 4,89% ao mês. Fiz o cálculo e verifiquei que a dívida vai praticamente dobrar se eu aceitar estas condições.

Não sei como resolver esse impasse. Quero muito pagar estas dívidas, pois meu nome não pode ficar sujo.

*Resposta de Ronaldo Gotlib

Duas das dívidas (cartão de crédito e empréstimo) já estão negociadas e sendo pagas ao banco. Resta negociar apenas o valor do cheque especial.

Não faz sentido, portanto, a pretensão do credor em trazer novamente para a mesa de negociação as dívidas que já foram negociadas.

O cheque especial tem juros muito altos. Por isso, você deve fazer com que esta dívida pare de crescer o quanto antes.

Aconselho que busque um novo empréstimo, ainda que em outra instituição financeira, com uma taxa de juros razoável, para resolver este problema.

A tentativa do banco de impor um novo empréstimo e pressionar o devedor a assumir uma nova dívida que não precisa e não quer é irregular.

Essa prática indevida permite que a leitora busque na Justiça indenizações por prejuízos morais e materiais, e receba de volta os valores pagos com juros cobrados no cheque especial durante o tempo no qual não houve negociação. 

Dar fim ao cartão de crédito é a solução para as dívidas?

[videos-abril id="9274885c62f6cea3715fb9540f2dbb3c" showtitle="false"]

*Ronaldo Gotlib é consultor financeiro e advogado especializado nas áreas de Direito do Consumidor e Direito do Devedor. Autor dos livros “Dívidas? Tô Fora! – Um Guia para você sair do sufoco”, “Testamento – Como, onde, como e por que fazer”, “Casa Própria ou Causa Própria – A verdade sobre financiamentos habitacionais”, “Guia Jurídico do Mutuário e do candidato a Mutuário”, além de ser responsável pela elaboração do Estatuto de Proteção ao Devedor e ministrar palestras sobre educação financeira.

Perguntas, críticas e observações em relação a esta resposta? Deixe um comentário abaixo!

Envie suas dúvidas sobre dívidas, empréstimos e financiamentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

Acompanhe tudo sobre:BancosCheque especialCréditodicas-de-financas-pessoaisDívidas pessoaisEmpréstimosFinançasJurosrenda-pessoal

Mais de Minhas Finanças

Resultado da Mega-Sena concurso 2.817; prêmio é de R$ 3,4 milhões

Nova portaria do INSS suspende por seis meses bloqueio de benefícios por falta de prova de vida

Governo anuncia cancelamento do Bolsa Família para 1.199 candidatos eleitos em 2024

Nota Fiscal Paulista libera R$ 39 milhões em crédito; veja como transferir o dinheiro