Onde investir após os 60 anos? Leia o conteúdo abaixo para descobrir e faça o teste interativo da EXAME (Serghei Starus / Dreamstime)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2012 às 09h00.
Última atualização em 9 de março de 2021 às 10h29.
Diversos fatores são usados para definir qual é a melhor aplicação para cada investidor. Eles vão desde os objetivos pessoais e a situação financeira até o contexto econômico. Um dos critérios que costuma influenciar bastante na escolha é o prazo do investimento. Com prazos maiores há mais tempo para arriscar, acertar e errar do que em prazos menores.
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Pensar nos prazos de acordo com a faixa etária pode ajudar o investidor a esclarecer quais decisões têm mais chances de se revelar apropriadas futuramente. Confira abaixo algumas dicas para aperfeiçoar o seu planejamento financeiro de acordo com a sua idade.
A principal vantagem de fazer investimentos nesta faixa etária é que se houver alguma perda o investidor ainda para pensar em como garantir um padrão de vida para o fim da vida e também tem mais chancer de recuperar um eventual prejuízo com as aplicações . “Os mais jovens podem e devem pensar em diversificar investimentos, colocando parte deles em aplicações mais arrojadas para tentar obter uma rentabilidade maior no futuro”, avalia Conrado Navarro, planejador financeiro da consultoria Dinheirama e autor do livro “Vamos Falar de Dinheiro”.
Como as perdas são mais reparáveis nesta fase, o investidor pode ter mais liberdade para investir. Mas, independentemente da possibilidade de correr mais riscos, ainda assim parte da carteira de investimentos deve se concentrar em aplicações de menor risco. “Em qualquer faixa de idade, mesmo quando jovem, o investidor tem que ter 50% a 70% dos investimentos em produtos mais conservadores”, aconselha Navarro.
Como o jovem tem menor renda e mais despesas de médio prazo - estudar, comprar um carro ou um imóvel, ou mesmo casar -, deverá contar com as aplicações mais líquidas e conservadoras para arcar com estas despesas. Caderneta de poupança, fundos de renda fixa com taxas de administração inferiores a 1% ao ano, CDBs que paguem mais de 90% do CDI e títulos públicos via Tesouro Direto serão os instrumentos para essa porção da carteira de prazo mais curto.
Seguindo esta regra, parte dos investimentos se mantém prevenida contra perdas e garante que o investidor tenha dinheiro poupado caso ele precise fazer um resgate em momentos de emergência. Com as aplicações mais arriscadas ou de prazos mais longos, ele pode buscar a obtenção de retornos mais altos e já pensar na aposentadoria. Afinal, quanto maior o tempo de acumulação, menor é o esforço de poupança para garantir uma vida mais tranquila no futuro.
O professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas, César Caselani, ressalta que essa porção mais arrojada da carteira não significa necessariamente investir em ações. “Um jovem que nos últimos dois, três anos investiu em ações está perdendo dinheiro, porque o mercado acionário está muito ruim. Por isso, é preciso tomar uma decisão racional, considerando o contexto”, defende.
Fundos multimercados, de dividendos ou long & short, por exemplo, são alternativas mais resistentes quando ocorrem crises no mercado acionário. Dentro da renda variável também existem os fundos imobiliários, que pagam aluguéis isentos de imposto de renda, mas que são uma alternativa mais interessante quando se busca um investimento para gerar renda, mais do que para acumulação de patrimônio em si. Existem ainda aplicações de renda fixa de longo prazo, como os títulos públicos atrelados ao IPCA (NTN-Bs) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que são isentas de imposto de renda.
Nesta faixa, ainda há um tempo razoável para buscar retornos, mas já não há tempo suficiente para se recuperar caso todo o patrimônio seja perdido. Por isso é essencial buscar uma maior estabilidade nos investimentos. A dica é pensar no horizonte dos próximos cinco ou dez anos e avaliar se o momento econômico está favorável ou não a investimentos em renda variável. Observe o mercado internacional, a inflação e outros fatores que gerem algum impacto na Bolsa.
A partir das conclusões, o investidor deve reavaliar a carteira e adaptar o que for preciso para evitar ao máximo fazer mudanças nos investimentos para os próximos anos. Caselani explica que quanto menor for a movimentação, maior é a prevenção contra prejuízos. “Os fundos que priorizam comprar papéis de empresas e ficam um bom tempo com eles têm uma performance melhor do que aqueles em que o gestor que troca o tempo todo de ações”, compara.
Passar por um forte abalo nos investimentos nesta faixa pode significar uma perda irreversível. É por isso que o perfil deve ser o menos arrojado possível. “Nesta idade é mais complicado colocar o investimento em risco porque a pessoa pode perder em dois meses boa parte da quantia acumulada durante a vida toda”, diz Caselani.
Navarro acredita que depois dos 60 anos o investidor deve manter pelo menos 75% do portfólio de investimentos concentrado em aplicações mais conservadoras de renda fixa. No entanto, ele afirma que se o dinheiro da aposentadoria e outros rendimentos permitirem uma parcela de riscos maiores, o perfil do investidor deve definir a escolha. “Apesar de nessa idade os investidores normalmente serem conservadores, eu conheço pessoas com mais de 60 anos que acumularam um bom patrimônio, que têm uma renda com aluguel de imóveis e investem na Bolsa porque gostam”.
Aplicações que pagam remunerações periódicas podem ser interessantes nesta fase, como os títulos públicos atrelados à inflação que pagam cupom semestral referente aos juros (NTN-Bs), fundos imobiliários focados em imóveis de locação (notadamente aqueles locados para clientes sólidos, como empresas estatais) e fundos de dividendos, que são os mais conservadores dentre os fundos de ações.
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