Minhas Finanças

Número de agentes autônomos de investimento aumenta em 30% em junho

Já são mais de 10.400 agentes no país, dos quais 8.300 estão vinculados a algum escritório, o que sugere que eles atuam efetivamente como assessores

Assessor financeiro: papel de apresentar oportunidades de investimentos aos clientes sem, no entanto, recomendar os ativos (Getty Images/Getty Images)

Assessor financeiro: papel de apresentar oportunidades de investimentos aos clientes sem, no entanto, recomendar os ativos (Getty Images/Getty Images)

NF

Natália Flach

Publicado em 4 de agosto de 2020 às 08h00.

Última atualização em 4 de agosto de 2020 às 16h11.

O número de agentes autônomos de investimento credenciados pela entidade que regula esses profissionais, a Ancord, ultrapassou a marca de 10.400 em junho, o que representa uma alta de mais de 30% em comparação ao mesmo período do ano passado. Desse universo, 8.300 estão vinculados a algum escritório, o que sugere que eles estão efetivamente atuando como assessores financeiros.

O assessor financeiro tem o papel de apresentar oportunidades de investimentos aos clientes sem, no entanto, recomendar os ativos, que é a função do planejador financeiro.

“O modelo de negócio das agências bancárias está se reestruturando e principalmente os gerentes estão perdendo espaço. Para esses profissionais em transição de carreira que pretendem seguir no mercado financeiro, uma ótima maneira de se realocar é via assessoria de investimento, tornando-se agente autônomo de uma financeira consolidada” explica Fabiano Vila, responsável pela área de expansão da Necton Investimentos. Cerca de 30% dos novos agentes da Necton são profissionais que vieram de bancos tradicionais.

A disputa pelos melhores tende a se intensificar, e o BTG Pactual (que pertence ao mesmo grupo controlador da EXAME) é um grande concorrente. “Queremos escolher os melhores, com visão empresarial, e que possam ser os consolidadores deste mercado”, disse Marcelo Flora, sócio do BTG Pactual, em entrevista à EXAME em julho.

Segundo ele, o BTG está bem posicionado para um novo cenário, em que clientes e agentes autônomos procuram cada vez mais instituições que aliam agilidade e tecnologia com uma gama mais sofisticada de serviços — sem as amarras de uma grande rede de agências físicas. “Nos Estados Unidos instituições como a Charles Schwab, corretora referência desta revolução, hoje têm uma plataforma plugada a banco que oferece de cartão e outros serviços”, disse. “Temos a vantagem de dar crédito há 20 anos. É um aprendizado longo porque os erros custam caro. Temos uma geração de sócios com experiência em crédito. Ser banco, no fim do dia, é muito mais difícil que ter uma autorização do Banco Central."

Desde o ano passado o BTG oferece um programa de capacitação empresarial, chamado internamente de PCE, para auxiliar seus escritórios parceiros a adotar sofisticadas práticas de gestão como a adoção de “partnerships”, que amplia a base de sócios e acelera o alinhamento cultural. Cada módulo dura cerca de 3 meses, com encontros online (e presenciais, até antes da pandemia), com aulas e palestras de sócios do BTG e especialistas do mercado.

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