Minhas Finanças

Nove maneiras estúpidas de usar o próprio dinheiro

Você se considera uma pessoa esperta, mas quando o assunto é dinheiro, só faz escolhas erradas? Saiba como agir para evitá-las

É comum queimar dinheiro na bolsa, no shopping ou com a falta de planejamento (.)

É comum queimar dinheiro na bolsa, no shopping ou com a falta de planejamento (.)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

Consultores financeiros costumam ensinar em livros e palestras que abrir mão de pequenos prazeres durante um período prolongado de tempo pode lhe ajudar a se tornar um milionário. Em um país com juros tão altos como o Brasil, deixar de tomar aquele cafezinho todos os dias após o almoço, por exemplo, fará com que você junte uma pilha enorme de dinheiro em 40 anos. Renunciar àquilo que lhe dá prazer, entretanto, não é a melhor forma de guardar dinheiro. Em geral, há muitos hábitos estúpidos que podem ser largados sem prejuízo nenhum à qualidade de vida ou à própria felicidade.

Em entrevista ao site americano Moneywatch.com, o psicólogo Brad Klontz explica que um dos maiores problemas, em qualquer ser humano, é que a parte do nosso cérebro que controla a lógica é muito menor do que a que controla as emoções. Para ajudar àqueles que têm o dom do equívoco financeiro, o site listou as nove coisas mais estúpidas que alguém pode fazer com o próprio dinheiro e ouviu especialistas que ensinam a fazer melhores escolhas financeiras:

1 - Se apaixonar por seus investimentos. "Casar" com determinadas ações podem colocá-lo em perigo. A consultora financeira Lauren Tarbox conta que alguns de seus clientes se apegam emocionalmente a papéis de empresas listadas em bolsa que já estão em suas mãos há muito tempo ou que lhe renderam lucros gordos no passado. Outro hábito bastante comum é a pessoa manter ações da empresa onde trabalha por acreditar que vendê-los seria deslealdade. A resposta para o problema é simples: diversificação. "Ninguém deve ter mais de 10% de seu capital em apenas um investimento", diz ela.

2 - Não entender que "liquidação" não é sinônimo de "bom negócio". Você quer comprar uma TV e tem duas opções que custam 500 dólares. Entretanto, um dos aparelhos mostra que o preço original era de 800 dólares. Qual dos dois você compra? A resposta mais sensata seria o televisor de melhor qualidade. Mas existem pessoas capazes de comprar aquele que está com desconto pelo simples fato de "estar mais barato". O alerta é que o consumidor deve, em qualquer ocasião, analisar se o produto vale o preço da etiqueta, ponderando por quanto tempo pretende-se fazer uso dele e se é possível comprar outro modelo, de qualidade similar, por um preço menor. 


3 - Seguir a manada. As pessoas estão cansadas de saber que performances bem-sucedidas de determinados investimentos no passado não significam bons frutos no futuro. Curiosamente, ninguém se lembra disso na hora de aplicar o próprio dinheiro. Um estudo analisou durante 19 anos a forma como as pessoas investem em bolsa e concluiu que existe uma clara tendência de as pessoas colocarem dinheiro em ativos "quentes" pouco antes de eles "esfriarem". O psicólogo Brad Klontz alerta que é natural que as ovelhas sigam o rebanho. Mas se você não quer cair numa roubada, deve traçar uma meta de investimentos que se adapte aos seus objetivos e permanecer fiel a ela - mesmo que seus vizinhos estejam, temporariamente, mais ricos que você.

4 - Comprar por impulso. Você não precisa e não quer comprar determinado bem. Mas basta brigar com o chefe, namorado ou amigos para que aquela vontade de comprar alguma coisa apareça. A psicóloga Bonnie Weil fez uma pesquisa para seu livro "Financial Infidelity" e concluiu que compras por impulso, ocasionadas por estresse e afins, chegam ao valor de 424 bilhões de dólares ao ano. Tarbox alerta que o melhor nessas ocasiões é relaxar e contar até dez antes de descontar as frustrações no bolso.

5 - Ignorar as dívidas. O número de pessoas que têm dívidas no cartão de crédito e dinheiro suficiente em conta corrente para cobri-las é chocante. Não adianta argumentar que o dinheiro guardado é para emergências. Se a quantia em mãos é superior à dívida, não vacile e fuja dos juros altos do cartão. Guarde apenas um mês de salário completo na conta corrente e use o resto para pagar o que deve. Depois disso, comece a reconstruir o fundo para emergências.

6 - Sustentar os filhos adultos. Sustentar um filho adulto que esteja em apuros financeiros pode fazer com que os pais suspendam os planos de aposentadoria ou vivam de maneira menos confortável, explica o psicólogo Brad Klontz. Porém, imprevistos acontecem. Sempre que precisar ajudar um filho adulto, analise o quanto de ajuda é de fato necessário. Faça apenas o que for preciso durante aquele período de dificuldade. Ajudá-lo eternamente e sem exigir contrapartidas não contribuirá para a estabilidade financeira dele.


7 - Acreditar na insegurança da internet. Atualmente, muitas pessoas consideram a internet a maneira mais prática de controlar a conta bancária. A economia pode chegar a 50 dólares por ano em trâmites dos correios. Aqueles que não utilizam esse artifício, amplamente oferecido por instituições bancárias, justificam a escolha por considerarem a internet pouco segura. Contudo, os bancos contam com equipes técnicas e sistemas de privacidade que protegem seus clientes da melhor forma possível durante 24 horas por dia, sete dias por semana. Agora vamos analisar a caixa de correios. Seja em casa ou no prédio, pode ter certeza de que informações são mais fáceis de serem roubadas em cartas e telegramas que nos sites das instituições financeiras.

8 - Permanecer em estado de negação. Não adianta fechar os olhos para as crises que afetam o mercado financeiro. Perdas não somem porque alguém se recusa a reconhecê-las, lamenta a consultora financeira Lauren Tarbox. E nem sempre após a tempestade virá a bonança. Se você perdeu muito dinheiro na bolsa, em algum momento precisará admitir isso e definir o que deverá ser feito para reparar os danos.

9 - Guardar dinheiro compulsivamente. Existem pessoas que tem tanto medo de ficar sem dinheiro algum no banco que acabam por não aproveitar o conforto que suas economias podem oferecer. "Quando me deparo com pessoas que deixam de realizar sonhos que podem comprar, pergunto qual o objetivo de tanta economia", diz a consultora Lauren Tarbox. Para quem sempre tem medo de ficar desprevenido no futuro, por que não sentar com um consultor financeiro e organizar as contas? Ao garantir um planejamento que considere cenários bons e ruins da economia, a pessoa poderá sentir-se mais segura com relação ao seu futuro financeiro e, desta maneira, aproveitar os benefícios que suas economias podem trazer.

Já fez alguma burrada com seu dinheiro? Deixe um comentário abaixo e compartilhe uma situação na qual a emoção atrapalhou o seu bom senso com o dinheiro.

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