Tim-tim: existem hoje no Brasil mais de 1 milhão de estabelecimentos voltados para entretenimento, e o gasto médio do brasileiro fica entre 70 e 125 reais por noite (Pixabay/Reprodução)
Natália Flach
Publicado em 21 de dezembro de 2019 às 07h30.
Última atualização em 21 de dezembro de 2019 às 10h02.
São Paulo - A partir de agora, os baladeiros de plantão têm (mais) um incentivo para sair de casa e cair na farra. A carteira digital FunBank permite que frequentadores de bares, restaurantes e casas noturnas façam reservas, paguem ingressos, encerrem comandas e até solicitem que o manobrista traga o seu carro com um simples toque no celular. E, para se tornar membro desse seleto grupo de privilegiados, basta ser convidado por um usuário.
O baladeiro vai mudando de status, à medida que ele vai usando os seus cartões FunBank (inclusive, os físicos). O modelo se assemelha, portanto, ao de programas de milhagem, em que o cliente ganha pontos a cada nova viagem.
"Para os clientes diamond, vamos oferecer entrada VIP (sem fila) nas boates e uma vaga no estacionamento da balada (ou noitada, como se diz no Rio de Janeiro)", explica Rafael Pimenta, cofundador da BTX Digital, empresa que desenvolveu as bases para o novo "banco digital".
Já, para os bares e restaurantes, a proposta faz sentido porque passarão a receber um portfólio com informações de todas as pessoas cadastradas na plataforma.
Com isso, eventualmente, poderão fazer ofertas mais direcionadas para tentar angariar clientes que buscam descontos, cashbacks (de até 15% do valor da conta) e até mimos, como a famosa "bebida que pisca". "O intuito é fazer com que os frequentadores voltem cada mais", explica Michel Cezar, presidente do FunBank.
De acordo com Pimenta, existem hoje no Brasil mais de 1 milhão de estabelecimentos voltados para entretenimento, e o gasto médio do brasileiro fica entre 70 e 125 reais por noite.
"É uma indústria da ordem de 35 bilhões de reais", comenta. Não à toa, a expectativa é ter 500 mil carteiras digitais no ano que vem.