Mesmo com crescimento da internet, caixas eletrônicos ainda são os preferidos (Claudio Rossi/VEJA)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2011 às 13h50.
São Paulo - As pessoas têm preferido os meios eletrônicos para fazer suas transações bancárias, mostra a pesquisa Ciab Febraban de 2011, divulgada nesta quarta-feira (4). As transações nos caixas presenciais das agências representaram, em 2010, apenas 9% do total, enquanto que aquelas efetuadas em terminais de autoatendimento ou pela internet chegam a 55%.
Os meios preferidos dos clientes, tanto para consultas quanto para movimentações financeiras, continuam sendo os terminais de autoatendimento, responsáveis por 17,8 bilhões ou 32% das operações no ano passado.
A internet é a segunda preferida, com 12,8 bilhões ou 23% das transações. Mas nesse caso, as transações sem movimentação financeira são maioria. O número de operações com movimentação, por outro lado, foi mais ou menos o mesmo tanto na internet quanto nos caixas presenciais de agências. Em números absolutos, cada canal foi responsável por cerca de 4,5 milhões dessas operações.
De acordo com Gustavo Roxo, presidente da Comissão Organizadora do Ciab Febraban, os canais eletrônicos funcionam principalmente como facilitadores de consultas, o que acaba gerando, inclusive, um aumento no número de transações. Mesmo assim, a previsão é que a internet se torne o principal meio utilizado, ultrapassando até mesmo os caixas eletrônicos, em cerca de 5 anos.
Nos últimos dez anos, o internet banking vem ganhando espaço entre os clientes dos bancos. Desde 2001, o número de clientes com acesso ao internet banking passou de 9 para 38 milhões, o que corresponde hoje a cerca de um quarto do total de clientes. De 2009 para 2010, porém, o crescimento foi de apenas 8%, cifra que ainda está acima do aumento de 6% no número de contas correntes e poupanças no mesmo período.
A preferência pela facilidade dos meios eletrônicos vem se mostrando também nas formas de pagamento. A participação do número de cheques compensados caiu 9% em 2010 em relação a 2009. O número de cartões de crédito, por outro lado, passou de 136 para 156 milhões, um aumento de 13%.