Brasil ficou acima da média de oito países, segundo pesquisa (PIX/Divulgação)
Marília Almeida
Publicado em 16 de dezembro de 2020 às 06h00.
Última atualização em 16 de dezembro de 2020 às 11h26.
Em um ano no qual o distanciamento foi regra, pagamentos sem contato, como cartões virtuais e QR Code, foram adotados por 30% de consumidores em oito países, enquanto o uso de dinheiro diminuiu. Uma mudança de comportamento digital que levaria anos, aconteceu em meses, segundo levantamento feito pela Bain & Company e divulgado para a EXAME Invest.
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Em um ranking de oito países, o Brasil fica acima da média: 35% dos consumidores adotaram meios de pagamento sem contato, número similar ao registrado na Índia e que fica atrás somente da China e do Reino Unido. Nesses dois países a adoção de QR Codes, pagamento por aproximação e uso de cartão de débito e crédito em aplicativos de celular teve adesão de mais de 40%.
O levantamento aponta que os entrevistados deram às empresas de pagamento, mais digitais, um Net Promoter Score (NPS), indicador que avalia a satisfação de clientes, mais alto do que conferem à maioria dos bancos quando se trata de envio de dinheiro.
Os bancos digitais já vinham se expandindo nos últimos anos e a pandemia acelerou essa transição, já que as visitas presenciais às agências caíram drasticamente na maioria dos países. Além disso, quase todos os entrevistados planejam usar canais de banco digital no futuro, analisa a Bain.
O levantamento toma como base duas pesquisas: uma feita com 10 mil pessoas em oito países com a Dynata; e outra realizada com 20 mil consumidores dos Estados Unidos.
Os dados não consideram o início do PIX, que completou um mês de operação plena. Para Silvio Marote, sócio da Bain & Company, o sistema de pagamento instantâneo do Banco Central tem potencial para fomentar ambos os tipos de meios de pagamento sem contato, seja via QR Code ou por meio de aplicativos de fintechs e bancos.