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Mudanças fazem consumidor antecipar compra de carro

Consumidor já começa a correr para para escapar do aperto no crédito

Consumidor está antecipando a compra do carro novo para fugir do aperto do crédito (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Consumidor está antecipando a compra do carro novo para fugir do aperto do crédito (Marco de Bari/Quatro Rodas)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 08h09.

São Paulo - Para escapar do aperto no crédito, o consumidor antecipou a compra do carro novo e as vendas do fim de semana cresceram até 40% na comparação com um sábado e domingo normais. Apesar de o pacote de arrocho do crédito ter sido baixado na sexta-feira pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) as novas regras de crédito entraram em vigor ontem.

“O consumidor antecipou as compras e ampliamos as vendas em 40%” afirma Marcos Leite, gerente vendas da Amazon, com duas revendas da marca Volkswagen em São Paulo. A concessionária Palazzo, da GM, também registrou acréscimo semelhante nas vendas. “Entre novos e usados, vendemos 133 veículos”, conta o diretor de vendas da empresa, Roberto Sinicio.

A mudança de patamar das taxas de juros nos financiamentos sem entrada deve, na opinião de Leite, provocar uma realocação do mercado. Mas isso não significa uma migração para os consórcios ou planos de leasing. “O leasing também foi afetado pelas novas regras e consórcio não entrega o carro na hora e necessita de um lance que pode equivaler à entrada”, pondera. Na análise do executivo, o que pode ocorrer é uma migração das compras de veículos para pessoas jurídicas, já que as regras não afetaram os financiamentos para empresas.

Érico Ferreira, presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), associação que reúne as financeiras, diz que as vendas a prazo, puxadas especialmente pelos veículos, não vão crescer no ano que vem. O presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, também acredita que as medidas anunciadas pelo BC vão ter impacto no mercado. Inicialmente, ele projetava um aumento de 5% a 6% nas vendas de carros novos em 2011, mas reviu as previsões para 4% a 5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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