Invest

Conheça os melhores países para se aposentar; Brasil está no ranking

10º edição do índice leva em consideração sistema de saúde local, qualidade de vida, acesso ao sistema financeiro e bem-estar material

Fiorde de Luster, Noruega: a região oeste do país escandinavo tem recebido cada vez mais vinícolas  (Alamy/Fotoarena)

Fiorde de Luster, Noruega: a região oeste do país escandinavo tem recebido cada vez mais vinícolas (Alamy/Fotoarena)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 15 de setembro de 2022 às 06h00.

A Noruega é o melhor país para se aposentar entre 44 analisados. Já a Índia está no último lugar e o Brasil fica na penúltima posição. Enquanto o índice da Noruega é equivalente a 81%, o do Brasil é 29%. É o 10º ano em que o ranking é divulgado pela gestora Natixis.

Os destaques da Noruega são a pontuação do seu sistema de saúde (91%), que analisa a expectativa de vida, gasto individual com saúde e gastos que estão fora da cobertura de seguros-saúde; e qualidade de vida (87%). Esse índice avalia a felicidade da população, qualidade do ar, água e saneamento, biodiversidade e moradia, além de fatores ambientais.

Já a maior pontuação do Brasil é no índice de qualidade de vida (59%), seguida por finanças na aposentadoria (57%) e o índice de saúde (56%).

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia

O que derruba o Brasil no ranking é seu índice de bem-estar material, no qual pontua 4%. Esse indicador leva em consideração a igualdade salarial, média salarial per capita e desemprego de cada país entre a população idosa.

O Brasil fica abaixo da média na pontuação final do ranking se comparado aos seus pares na América Latina (37%). Em média, os países latinos pontuam 54% no índice de saúde, 60% no de finanças na aposentadoria, 57% em qualidade de vida e 16% no indicador de bem-estar material.

Contudo, o Brasil fica na 24º posição global no índice de finanças na aposentadoria. O índice analisa indicadores como a dependência financeira da população idosa, empréstimos bancários, inflação, taxas de juros, pressão dos impostos, governança e dívida governamental.

Apesar de ter subido duas posições  no índice em comparação ao ano passado, o país caiu 9 posições desde 2012, quando estava em 15º lugar. Abaixo da média na maioria dos indicadores avaliados, o país fica em primeiro lugar no quesito taxa de juros e na quinta posição no item dependência financeira na terceira idade.

O ranking inclui as economias avançadas que fazem parte do Fundo Monetário Internacional (FMI), membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Economômico) e os países do BRIC (China, Rússia, Brasil e Índia).

Metodologia

A pontuação final é calculada com base nos quatro sub-índices temáticos, levando em conta dados de diversas organizações internacionais e fontes acadêmicas. Para realizar a comparação, o índice leva em conta números sobre o grupo de aposentados mais velho de cada país.

Os índices temáticos cobrem aspectos chaves para obter uma boa qualidade de vida na aposentadoria: a possibilidade de construir patrimônio, de forma a viver confortavelmente no período de inatividade; serviços financeiros de qualidade para preservar o valor das economias e maximizar a renda; serviços de saúde de qualidade e um ambiente limpo e seguro. Cada um deles contribui para a melhora ou piora do país no ranking.

Acompanhe tudo sobre:AposentadoriaBrasileducacao-financeiraNoruegaRankings

Mais de Invest

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Alavancagem financeira: 3 pontos que o investidor precisa saber

Boletim Focus: o que é e como ler o relatório com as previsões do mercado

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio