O Banco do Brasil, maior instituição financeira do país, fechou o primeiro trimestre de 2006 com resultado excepcional. O lucro líquido no período foi de 2,34 bilhões de reais, número 142,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

A maior parte do lucro, porém, foi resultado de mudanças nas normas tributárias. Uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) permitiu que o Banco do Brasil contabilizasse créditos tributários com prazo de realização de até 10 anos. Com isso, a instituição pôde adicionar 1,9 bilhão ao lucro líquido como "resultado não recorrente". Já o resultado recorrente foi de 938 milhões de reais.

O Banco do Brasil é a maior instituição financeira do país, com ativos que somam 264,635 bilhões de reais, número que cresceu 7,7% nos últimos 12 meses. O Tesouro Nacional é o maior acionista do banco, com 72,1% de participação.

As concessões de crédito do Banco do Brasil cresceram acima da média do mercado, principalmente com o crédito consignado. Nos três primeiros meses do ano, houve uma expansão de 4,4% da carteira de crédito da instituição, enquanto a evolução do Sistema Financeiro Nacional (SFN) foi de 2,8%. O banco responde por 15,5% do total de crédito no país, segundo dados do Banco Central.

Posição	Banco	Lucro (R$ milhões)	Variação*
1	Banco do Brasil	2.343,00	142,9
2	Bradesco	1.530,30	20,5
3	Itaú	1.460,00	21,5
4	Unibanco	520,4	23,1
5	Banespa	408,1	17,1
6	Mercantil do Brasil	6,5	13,6
7	Finansinos	0,2	71,8
* Variação percentual entre o resultado do primeiro trimestre de 2006 e o primeiro trimestre de 2005 Fonte: Economática