Leilão: descontos são atrativos, mas é necessário ter cuidado antes de fechar o negócio (Witthaya Prasongsin/Getty Images)
Karla Mamona
Publicado em 5 de agosto de 2020 às 16h02.
Última atualização em 6 de agosto de 2020 às 09h39.
Cerca de 400 imóveis estão em leilão no mês de agosto. São casas, apartamentos e terrenos que foram retomados tanto pelos bancos como pela Justiça do Trabalho.
Os leilões dos imóveis da Justiça do Trabalho ocorrerão entre os dias 18 e 20 de agosto. São 200 imóveis disponíveis no município de São Paulo. Entre os imóveis em destaque está um apartamento duplex de cobertura, no bairro do Jabaquara, na cidade de São Paulo, avaliado em 434.261,00 reais e com lance inicial de 173.704,40 reais. Outro destaque é um apartamento, no bairro do Ipiranga, avaliado em 980.000 reais e com lance inicial de 392.000 reais.
O evento será online e realizado no site da leiloeira Fidalgo. A lista completa dos imóveis também está disponível no site (www.fidalgoleiloes.com.br). Qualquer pessoa física ou jurídica poderá participar do leilão basta se cadastrar no site da leiloeira.
Os leilões dos bancos têm mais de 170 imóveis em diferentes estados. As ofertas têm lances iniciais que variam entre 35.100 reais e 9,6 milhões de reais, podem ser realizadas até o dia 26 de agosto no site Sold Leilões (https://www.sold.com.br/leiloes-de-imoveis).
Há opções de casas, apartamentos, vagas de garagem e terrenos em 16 estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraná, Pernambuco, Maranhão e Pará.
O banco Santander é a instituição com o maior número de unidades leiloadas, com descontos de até 71%. O banco oferece facilidades no pagamento de alguns lotes, como parcelamento em até 420 meses e débitos de condomínio e IPTU quitados pelo banco até a data do leilão, que termina no dia 26 de agosto.
Outra instituição que está com imóveis à venda é o banco Pan, com descontos de até 52% no valor de avaliação e facilidade de pagamento em até 48 meses. Uma casa no Paraná, com 109 metros quadrados, pode ser arrematada por 210.600 reais. Já no Rio de Janeiro, um terreno com mais de 5.000 metros quadrados está à venda por 2,9 milhões de reais. O encerramento do leilão será no dia 26 de agosto.
O banco Inter também oferece oportunidades com até 50% de desconto e pagamento em até 240 meses. Entre as opções, um apartamento em São Paulo, com 147 metros quadrados e três vagas na garagem recebe lances a partir de 389.000 reais. Ainda em São Paulo, uma casa de 140 metros quadrados está disponível por 175.000 reais.
Aos interessados em salas comerciais e vagas de garagem, o banco ABC oferece mais de 50 opções no Ceará, com valores que variam entre 35.100 reais e 4,3 milhões de reais. Completam a lista os lotes disponibilizados para arremate pelo China Construction Bank (CCB). Há opções de terrenos em área urbana e rural, nos estados da Bahia, do Paraná e do Rio de Janeiro, com lances entre 480.000 e 9,6 milhões de reais.
Apesar dos descontos serem atrativos, antes de comprar um imóvel em um leilão é necessário tomar alguns cuidados. O primeiro é optar por imóveis que estejam desocupados, já que muitas vezes a saída do morador da casa arrematada pode ser discutida na Justiça, mesmo o comprador tendo em mãos uma carta de arrematação que permite solicitar a desocupação. Para ir à Justiça, o comprador do imóvel precisará contratar um advogado e precisar de uma dose de paciência, já que a data de desocupação pode demorar mais do que o esperado.
Outra dica importante é pesquisar se o imóvel tem outras dívidas, como IPTU e taxas que deixaram de ser pagas pelo antigo morador. Os pagamentos desses débitos serão de responsabilidade do comprador. Vale lembrar que a compra de um imóvel implica arcar com o pagamento de outras despesas, como a taxa de registro em cartório, o imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI).
É fundamental também avaliar a forma de pagamento do imóvel determinada no edital do leilão. Muitos leilões não permitem, por exemplo, a utilização do FGTS no pagamento do imóvel arrematado. Também é necessário pagar ao leiloeiro uma comissão adicional de 5% do valor do lance no ato da arrematação. Por outro lado, muitas vezes é possível obter descontos de até 10% se o pagamento for feito à vista. Em geral, é necessário arcar com um sinal correspondente a 30% do valor do imóvel e o saldo devedor pode ser dividido em diversas parcelas. Alguns leilões permitem o financiamento da dívida, mas é necessário contratar o empréstimo com antecedência.
Por fim, verifique no edital a descrição das condições de venda, o estado de conservação, a forma de pagamento, o preço mínimo, a comissão do leiloeiro, os impostos e o modelo de contrato que será assinado pelas partes.