Leilão: descontos podem chegar a 61% (boonchai wedmakawand/Getty Images)
Karla Mamona
Publicado em 2 de setembro de 2020 às 06h12.
O Banco Santander, Inter e Tribanco irão leiloar 180 imóveis em todo o país. São casas, casas, apartamentos, galpões e terrenos. Os lances iniciais variam entre R$ 26,1 mil e R$ 8,7 milhões.
Os imóveis estão localizados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraná, Pernambuco, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Pará.
Entre os imóveis em destaque está um apartamento com 98,2 metros quadrados com lance inicial de R$ 182,7 mil (48% abaixo do valor de avaliação). Já em Barão de Cocais (MG), será leiloada uma casa de 299,5 metros quadrados de área total, avaliada em R$ 491 mil. No leilão, o lance inicial é R$ 190,2 mil.
O Santander é a instituição com o maior número de unidades leiloadas, com descontos de até 61%. O banco oferece facilidades no pagamento de alguns lotes, como parcelamento em até 420 meses e débitos de condomínio e IPTU quitados pelo banco até a data do leilão, que termina no dia 24 de setembro.
No leilão do Banco Inter, os imóveis têm descontos de até 50% e possibilidade de pagamento em até 240 meses. Entre os destaques estão um apartamento de 117 metros quadrados de área total, em São Paulo (SP), pode ser arrematado por R$ 199 mil. Também em São Paulo (SP), um imóvel avaliado em mais de R$ 3 milhões recebe o melhor desconto do pregão, com valor inicial de R$ 1,2 milhões.
Aos interessados em salas comerciais, imóveis rurais e terrenos, o Tribanco oferece mais de 10 opções em diferentes estados, com valores a partir de R$ 75 mil e até 42% abaixo das avaliações de mercado.
Todas as unidades que serão leiloadas estão disponíveis no site da Sold (https://www.sold.com.br/leiloes-de-imoveis). A leiloeira destaca que antes de dar o lance é possível visitar os imóveis que estão desocupados.
Apesar dos descontos serem atrativos, antes de comprar um imóvel em um leilão é necessário tomar alguns cuidados. O primeiro é optar por imóveis que estejam desocupados, já que muitas vezes a saída do morador da casa arrematada pode ser discutida na Justiça, mesmo o comprador tendo em mãos uma carta de arrematação que permite solicitar a desocupação. Para ir à Justiça, o comprador do imóvel precisará contratar um advogado e precisar de uma dose de paciência, já que a data de desocupação pode demorar mais do que o esperado.
Outra dica importante é pesquisar se o imóvel tem outras dívidas, como IPTU e taxas que deixaram de ser pagas pelo antigo morador. Os pagamentos desses débitos serão de responsabilidade do comprador. Vale lembrar que a compra de um imóvel implica arcar com o pagamento de outras despesas, como a taxa de registro em cartório, o imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI).
É fundamental também avaliar a forma de pagamento do imóvel determinada no edital do leilão. Muitos leilões não permitem, por exemplo, a utilização do FGTS no pagamento do imóvel arrematado. Também é necessário pagar ao leiloeiro uma comissão adicional de 5% do valor do lance no ato da arrematação. Por outro lado, muitas vezes é possível obter descontos de até 10% se o pagamento for feito à vista. Em geral, é necessário arcar com um sinal correspondente a 30% do valor do imóvel e o saldo devedor pode ser dividido em diversas parcelas. Alguns leilões permitem o financiamento da dívida, mas é necessário contratar o empréstimo com antecedência.
Por fim, verifique no edital a descrição das condições de venda, o estado de conservação, a forma de pagamento, o preço mínimo, a comissão do leiloeiro, os impostos e o modelo de contrato que será assinado pelas partes.