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Leilão da Caixa de 130 imóveis tem desconto de até 80%  

Os imóveis são oriundos de processos extrajudiciais para recuperação de dívida do banco

Caixa Econômica Federal (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Caixa Econômica Federal (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 11 de agosto de 2020 às 14h18.

Última atualização em 11 de agosto de 2020 às 18h17.

A Caixa vende 132 imóveis, com até 80% de desconto no estado de São Paulo. São casas, apartamentos, galpões industriais, imóveis comerciais, sobrados e terrenos, na capital e no litoral paulista.

Os imóveis são oriundos de processos extrajudiciais seguindo a lei 9.514/1997 para recuperação de dívida da Caixa. 

Entre os imóveis localizados na capital, o destaque é um apartamento de 240m² localizado no bairro de Perdizes, zona oeste de São Paulo, com lance inicial de R$ 1.828.141,24, valor 24% menor do que a avaliação de mercado.

Há ainda outro de 105m², em Higienópolis. O lance inicial é de R$ 365.943,87, cerca de 34% abaixo do valor original. Os descontos variam dependendo da propriedade, localização, estado do imóvel, situação fiscal/documental e de ocupação.

 

O leilão será online e será realizado no dia 13 de agosto. Os lances estão abertos e os interessados devem acessar o site da leiloeira Sodré Santoro (www.sodresantoro.com.br).

“O pagamento dos imóveis da Caixa tem opções de financiamento, além da utilização do FGTS para arrematar os lotes. É uma oportunidade única para aqueles que sonham com a casa própria", afirma o leiloeiro Otavio Lauro Sodré Santoro.

Cuidados ao comprar um imóvel

Apesar dos descontos serem atrativos, antes de comprar um imóvel em um leilão é necessário tomar alguns cuidados. O primeiro é optar por imóveis que estejam desocupados, já que muitas vezes a saída do morador da casa arrematada pode ser discutida na Justiça, mesmo o comprador tendo em mãos uma carta de arrematação que permite solicitar a desocupação. Para ir à Justiça, o comprador do imóvel precisará contratar um advogado e precisar de uma dose de paciência, já que a data de desocupação pode demorar mais do que o esperado. 

Outra dica importante é pesquisar se o imóvel tem outras dívidas, como IPTU e taxas que deixaram de ser pagas pelo antigo morador. Os pagamentos desses débitos serão de responsabilidade do comprador. Vale lembrar que a compra de um imóvel implica arcar com o pagamento de outras despesas, como a taxa de registro em cartório, o imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI). 

É fundamental também avaliar a forma de pagamento do imóvel determinada no edital do leilão. Muitos leilões não permitem, por exemplo, a utilização do FGTS no pagamento do imóvel arrematado. Também é necessário pagar ao leiloeiro uma comissão adicional de 5% do valor do lance no ato da arrematação. Por outro lado, muitas vezes é possível obter descontos de até 10% se o pagamento for feito à vista. Em geral, é necessário arcar com um sinal correspondente a 30% do valor do imóvel e o saldo devedor pode ser dividido em diversas parcelas. Alguns leilões permitem o financiamento da dívida, mas é necessário contratar o empréstimo com antecedência.

Por fim, verifique no edital a descrição das condições de venda, o estado de conservação, a forma de pagamento, o preço mínimo, a comissão do leiloeiro, os impostos e o modelo de contrato que será assinado pelas partes.

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