Cartão de crédito: a alta no percentual foi de 90,88% no ano, quase dobrando a taxa de juros (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2015 às 16h56.
São Paulo - Com as subsequentes elevações da taxa Selic, de 7,25% ao ano em abril de 2013 para 14,25% ao ano em setembro último, o custo das operações de crédito disparou no país.
O cartão de crédito foi o que sofreu o maior impacto do aumento da Selic: os juros passaram de 9,37% ao mês (192,94% ao ano) para 13,73% ao mês (368,27% ao ano), segundo apontou a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).
A alta no percentual foi de 90,88% no ano, quase dobrando a taxa de juros. Esta semana acontece a última reunião do ano do Comitê de Política Monetária e a perspectiva é de que os juros permaneçam estáveis em 14,25%.
Em seguida, o juro que ficou mais caro foi o do empréstimo pessoal: de 2,92% ao mês (41,25% ao ano) para 4,24% ao mês (64,59% ao ano), alta de 56,58% no ano.
Já o cheque especial passou de 7,75% ao mês (144,91% ao ano) para 10,36% ao mês (226,39% ao ano), alta de 56,23% no ano.
A média geral entre as linhas de crédito para pessoa física aumentaram 50,24% no ano.
Entre os empréstimos para pessoa jurídica, a média de alta foi de 44,73% no ano. O que mais sofreu impacto foi o capital de giro, que passou de 1,51% no mês (19,70% no ano) para 2,48% ao mês (34,17% ao ano).
Mesmo com as seguidas elevações da taxa básica de juros, a inflação oficial não arrefeceu conforme o esperado pelo Banco Central (BC).
Com isso, a expectativa do mercado financeiro é de que a Selic se mantenha elevada ainda no próximo ano. A mediana de expectativas consultadas pelo Boletim Focus do BC apontam a Selic em 13,75% no final de 2016.