As indenizações pagas devido às enchentes do Rio Grande do Sul (RS) podem superar o valor dos sinistros pagos durante a pandemia, afirma o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNseg), Dyogo Oliveira, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 25.
Até 20 de setembro, quase 58 mil pedidos de indenizações foram solicitados, no montante de R$ 6 bilhões. No entanto, o presidente afirma que o segmento de Grandes Riscos -- que abrange proteção à empresas e organizações contra perdas financeiras decorrentes de eventos complexos -- ainda podem receber mais pedidos de sinistros.
A depender destas novas solicitações, as indenizações podem chegar a marca dos R$ 8 bilhões, superando os R$ 7 bilhões pagos em indenizações durante o período da Covid-19, estima a CNSeg.
Isso porque os seguros de Grandes Riscos demoram para ser quantificados, já que entram perdas de receitas de empresas, que precisam de um processo de auditoria. "Ou danos na indústria, que só será possível calcular depois que desmontar uma planta industrial e ver quais os danos nas máquinas", cita o presidente.
“O Rio Grande do Sul é, sem dúvidas, o maior evento em termos de indenizações”, comenta Oliveira.
Entretanto, ele afirma que estava dentro das projeções. “Digamos que não foi um caso que extrapolou as reservas técnicas, não chega a ser um número que vai mudar a maneira de fazer a precificação dos produtos. Outros fatores do mercado têm influências mais fortes.”
Segundo o presidente, o mercado trabalha com projeções e os agentes não devem colocar um outro evento dessa magnitude já no ano que vem. “Quem colocar [e repassar nos preços] vai estar fora do mercado", brinca.
Na divisão, as indenizações de automóveis somaram 18.086 pedidos no valor de R$ 1,2 bilhão. Seguro residencial e habitacional registraram 29.783 pedidos no valor de R$ 601,6 milhões. O segmento de seguro agrícola foi o menor em valores: 2.109 pedidos no valor de R$ 177,7 milhões.
Já o de Grandes Riscos foi o menor em números de pedidos: 822 solicitações no valor de R$ 3,2 bilhões. Outros tipos de seguros somaram 7.147 no montante de R$ 821,2 milhões.
Para Oliveira, apesar do montante ser um recorde, ainda é baixo perto dos danos no estado, o que mostra que o setor de seguros ainda tem bastante espaço para avançar.
O presidente cita que alguns estudos apontam que os prejuízos no RS chegaram a R$ 100 bilhões, ou seja, menos de 10% estava assegurado. "Em outros países, esse número chega a 60-65%."
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 14 de maio de 2024. Crédito: Anselmo Cunha / AFP)
(Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre)
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Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. A água e a lama tornaram os estádios e sedes do Grêmio e Internacional inoperáveis. Sem locais para treinar ou jogar futebol, os clubes brasileiros tornaram-se equipes itinerantes para evitar as enchentes que devastaram o sul do Brasil. (Foto de SILVIO AVILA / AFP)
(Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre)
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Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. Foto de SILVIO AVILA / AFP
(Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre)
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Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta, entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, Brasil, em 21 de maio de 2024. O Rio Grande do Sul experimentou um desastre climático severo, destruindo pelo menos seis pontes e causando interrupções generalizadas no transporte. O exército respondeu construindo pontes flutuantes para pedestres, uma solução temporária e precária para permitir que a infantaria atravesse rios durante conflitos. (Foto de Nelson ALMEIDA / AFP)
(Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta)
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Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 26 de maio de 2024. O estado sulista do Rio Grande do Sul está se recuperando de semanas de inundações sem precedentes que deixaram mais de 160 pessoas mortas, cerca de 100 desaparecidas e 90% de suas cidades inundadas, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre)
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Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi)
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Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Esta é a segunda enchente histórica que Marks enfrenta aos 94 anos de idade. A primeira foi em 1941, quando ele morava no centro de Porto Alegre. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi)
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(Um trabalhador usa uma mangueira de alta pressão para remover a lama acumulada pela enchente)
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(Destruição no RS após chuvas e enchentes)
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Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 14 de maio de 2024. Foto de Anselmo Cunha / AFP
(Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi)
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Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria (RS).
(Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria)
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Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”
(Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”)
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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(Imagem aérea da destruição no Rio Grande do Sul - Força Aérea Brasileira/Reprodução)
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Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 13 de maio de 2024. Foto de Nelson ALMEIDA / AFP
(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas)
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(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul)