São Paulo - A partir desta segunda-feira (30) passa a valer na cidade de São Paulo a nova alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que incide nas compras e transferências de imóveis.
A alíquota, que era de 2%, passará a 3%, um aumento de 50%. A base de cálculo do ITBI, que é o montante sobre o qual é aplicado o imposto, é o maior valor entre o valor de transação e o valor venal de referência (preço de mercado estimado pelo poder público).
Nos financiamentos de imóveis feitos pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que incluem imóveis de até 750 mil reais no estado de São Paulo, a alíquota de ITBI aplicada é de 0,5% sobre o valor financiado, até o limite de 73.256,87 reais.
Sobre o valor que excede o teto de 73.256,87 reais, financiado ou não, é aplicada a alíquota de 3% - que até o dia 29 de março era de 2%.
Isso significa que, para um imóvel de 300 mil reais, o valor do imposto passou de 4.901,14 reais para 7.168,57 reais. Já para um imóvel de 500 mil reais, o desconto passa de 8.901,14 reais para 13.168,58 reais.
Quando é pago o imposto?
O ITBI incide sempre que a transmissão do imóvel for feita a título oneroso, isto é, quando envolve pagamento, permuta, troca ou algum tipo de retorno.
Já nas transferências de imóveis feitas por doação, como de pai para filho, o ITBI não é cobrado. Nesse caso, o imposto incidente é o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), cuja alíquota varia de acordo com o estado.
Segundo a Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo, o ITBI deve ser pago antes de se efetivar o ato ou o contrato sobre o qual ele incide se for feito por escritura pública, ou no prazo de 10 dias de sua data, se feito por instrumento particular.
A diferença entre os dois tipos de documentos é que a escritura é usada nas transferências de imóveis feitas diretamente nos cartórios. Já o instrumento particular é um documento que tem força de escritura pública e permite aos bancos realizar a transferência de imóveis sem precisar recorrer aos cartórios.
Aprovação do aumento
O aumento do ITBI foi aprovado no final do ano passado, por meio do Projeto de Lei nº 16.098/2014, no mesmo dia em que os valores máximos de reajuste do IPTU, que seriam de até 20% para imóveis residenciais e até 35% para imóveis comerciais, passaram a ser limitados aos tetos de 10% e 15%, respectivamente.
Como forma de contornar o prejuízo com a redução dos limites de reajuste do IPTU, aprovada pela Câmara Municipal, a prefeitura decidiu elevar a alíquota do ITBI.
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1. Valorização constante
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A Vila Nova Conceição é o bairro mais caro da cidade de
São Paulo, com valor médio do metro quadrado de 14,2 mil reais. Na região, um apartamento de 50 metros quadrados custa, em média, 714,4 mil reais, enquanto uma unidade maior, com 100 metros quadrados, é vendida por 1,3 milhão de reais. A informação faz parte do
ranking dos 20 bairros mais caros para compra de imóveis em São Paulo, elaborado pelo classificado online
Zap, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (
Fipe), a pedido de EXAME.com. O estudo inclui desde apartamentos antigos até empreendimentos que acabaram de ser entregues, em diferentes estados de conservação. Segundo o levantamento, o segundo bairro mais caro é o Jardim Europa, seguido pelo Jardim Paulistano e pelo Ibirapuera. A pesquisa considerou apenas apartamentos prontos e os preços médios se referem a agosto deste ano . O levantamento foi apurado a partir de uma base de 112 mil anúncios de imóveis na cidade.
Apesar da acomodação de preços no mercado imobiliário nos últimos meses, o diretor-presidente do Zap, Eduardo Schaeffer, diz que os preços dos imóveis nos bairros mais valorizados de São Paulo sofrem menos oscilações, mesmo diante de um desempenho mais fraco da economia, como o atual, porque a demanda se mantém aquecida. "Alguns desses bairros, com imóveis voltados para a classe A, têm pouca oferta de unidades e imóveis antigos, o que sustenta o alto nível dos preços”, diz o executivo. Nos últimos 12 meses, as maiores valorizações de preços entre os 20 bairros do levantamento foram registradas no Jardim Paulistano (19%) e Jardim Europa (18%). Na média, a valorização dos imóveis nos bairros nobres foi de 12%. No mesmo período, a inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 6,51%.
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2. 1º lugar: Vila Nova Conceição
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2/21 (Germano Lüders/EXAME.com)
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3. 2º lugar: Jardim Europa
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3/21 (Germano Lüders/EXAME)
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4. 3º lugar: Jardim Paulistano
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4/21 (Wikimedia Commons)
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5. 4º lugar: Ibirapuera
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5/21 (Flickr)
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6. 5º lugar: Itaim
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6/21 (Wikimedia Commons)
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7. 6º lugar: Vila Olímpia
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7/21 (Germano Lüders/EXAME)
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8. 7º lugar: Jardins
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8/21 (Germano Lüders/EXAME)
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9. 8º lugar: Vila Madalena
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9/21 (Veja São Paulo/Fernando Moraes)
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10. 9º lugar: Berrini/Vila Cordeiro
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10/21 (Flickr)
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11. 10º lugar: Brooklin
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11/21 (Germano Lüders/EXAME.com)
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12. 11º lugar: Pinheiros
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12/21 (Germano Lüders/EXAME)
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13. 12º lugar: Moema
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13/21 (Wikimedia Commons)
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14. 13º lugar: Alto de Pinheiros
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14/21 (Você S/A/Raul Junior)
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15. 14º lugar: Campo Belo
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15/21 (Wikimedia Commons/BFsolda)
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16. 15º lugar: Pompeia
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16/21 (Alexandre Battibugli / Abril Dedoc)
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17. 16º lugar: Sumaré
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17/21 (Creative Commons)
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18. 17º lugar: Paraíso
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18/21 (Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas)
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19. 18º lugar: Consolação
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19/21 (Milton Jung/Flickr/Creative Commons)
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20. 19º lugar: Pacaembu
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20/21 (Wikimedia Commons)
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21. 20º lugar: Vila Mariana
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21/21 (Wikimedia Commons/Pedu0303)