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É hora de manter as ações da Cosan, afirmam analistas

Depois da confirmação da empresa na "lista suja" do trabalho escravo, nesta quinta-feira, papéis caíram mais de 5%

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

As ações ordinárias da Cosan (CSAN3, com direito a voto) tiveram forte queda de 5,32% na quinta-feira (07/01), depois da notícia de que o Ministério do Trabalho havia oficializado a inclusão da companhia no cadastro de empregadores acusados de trabalho escravo, chamada também de “lista suja”. Passado o impacto inicial, os analistas da corretora SLW recomendam que os investidores mantenham seus papéis, enquanto o impasse entre o governo e a empresa não é resolvido. A Cosan comunicou que tomará todas as medidas necessárias para reverter a situação, e deve entrar com recurso na justiça em breve. Uma vez que tenha sucesso, o analista Erick Hood, da SLW, acredita em uma rápida recuperação dos papéis.

O principal risco para a Cosan é o fato de que a inclusão na "lista suja" veta o acesso da companhia a quaisquer financiamentos via bancos públicos, inclusive o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por um período de dois anos. A empresa comunicou que tomará todas as medidas necessárias para reverter a situação, e deve entrar com recurso na justiça em breve. Para Hood, o melhor é esperar por mais informações sobre como ficará a relação entre a Cosan e outras empresas e instituições, como o BNDES. Até lá, a tendência é que o preço das ações deve "andar de lado, com uma pequena recuperação", de acordo com ele.

Acusação

As ações da Cosan abriram o pregão desta sexta-feira (08/01) em queda, que às 12h06 chegava a 1,71%. Os papéis eram negociados a 23,06 reais. A inclusão da empresa na chamada lista negra de trabalho escravo, realizada no fim do ano passado e confirmada na quinta-feira, aconteceu por causa de um flagrante do Ministério do Trabalho realizado em 2007. O ministério apontou irregularidades na contratação e acomodação dos trabalhadores contratados por uma empresa que prestava à Cosan serviços de corte de cana, no interior de São Paulo.

Em comunicado, a Cosan informou que, à época do ocorrido, providenciou o descredenciamento da empresa e tomou medidas como o pagamento para a regularização dos trabalhadores.
 

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