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Grandes bancos acompanham BC e cortam juros do crédito

Trata-se da nona redução consecutiva que os bancos anunciam desde o início do processo de afrouxamento monetário por parte do Banco Central

Juros em queda (flytosky11/Thinkstock)

Juros em queda (flytosky11/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 19h23.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2018 às 19h42.

São Paulo - Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander anunciaram na sequência da decisão do Banco Central de cortar a básica de juros da economia - a Selic -, de 7,00% pra 6,75% ao ano, que vão repassar a redução para suas principais linhas de crédito. Os juros menores vão beneficiar, conforme comunicados dessas instituições, pessoas físicas e jurídicas. Trata-se da nona redução consecutiva que os bancos anunciam desde o início do processo de afrouxamento monetário por parte do Banco Central.

No Banco do Brasil, as novas taxas começam a valer a partir da próxima sexta. No caso das pessoas físicas, o juro menor será para os empréstimos em que o cliente oferecer seu automóvel como garantia, nos quais as taxas serão reduzidas de 1,83% ao mês para 1,73% ao mês, na faixa mínima. Já no caso das linhas em que o cliente oferece seu imóvel como garantia, o chamado home equity, os juros mínimos passam de 1,40% ao mês para 1,38% ao mês.

No financiamento de veículos novos e seminovos, contratados via canal mobile - no aplicativo do BB -, a taxa passará para 0,93% ao mês, ante 0,95% ao mês cobrados até então. Para as linhas de empréstimo pessoal sem garantia, o juro mínimo será reduzida de 3,33% ao mês para 3,31% ao mês.

O BB destaca ainda que também reduzirá os juros para pessoas jurídicas. Na linha desconto de cheque, as taxas mínimas passarão para 1,32% ao mês ante 1,34%. No desconto de títulos, vão cair dos atuais 1,16% ao mês para 1,14% ao mês. Os juros de linhas de capital de giro e antecipação de recebíveis para lojistas também ficarão mais atrativos.

O Santander informou que as novas taxas vão valer a partir da próxima segunda-feira, dia 12. O juro mínimo do financiamento de veículos cairá de 1,08% para 0,97% ao mês. No crédito pessoal, passará de 1,59% para 1,57% ao mês, e, no cheque especial, de 2,25% ao mês para 2,23% ao mês.

"Estamos no menor patamar histórico da taxa básica no País. Temos o compromisso de levar a dinâmica de redução deste componente dos juros bancários aos nossos clientes, para que eles possam prosperar cada vez mais", afirma Eduardo Jurcevic, superintendente executivo de Produtos de Crédito à Pessoa Física do Santander.

Já o Bradesco informou que vai repassar o corte de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic em suas principais linhas de crédito de pessoa física e pessoa jurídica.

No Itaú Unibanco, as novas taxas passam a valer a partir do dia 14. Segundo o banco, haverá redução das taxas do empréstimo pessoal para pessoas físicas, com a taxa mínima passando de 1,48% para 1,37% ao mês. Para micro e pequenas empresas, serão alterados os juros cobrados na linha de capital de giro. O banco destaca ainda, em nota à imprensa, que no crédito a veículos, no qual apresentou crescimento do volume concedido no quarto trimestre de 2017 pela primeira vez em 21 trimestres, já vem reduzindo a taxa de financiamento, convergindo com a queda da Selic.

Apesar da redução dos juros, que caíram ao menor patamar na história do País, o presidente executivo do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou na terça-feira, 6,em conversa com a imprensa, que espera que os spreads se mantenham estáveis neste ano a despeito da queda da Selic e da agenda do BC para baixar o custo financeiro do País. Tende a contribuir para isso, conforme ele, uma maior demanda por crédito que deve elevar o volume de empréstimos e, consequentemente, compensar menores margens.

Para o presidente da Austin Rating, Erivelto Rodrigues, os bancos terão de buscar formas de compensar a queda dos juros neste ano, já que as margens financeiras serão impactadas tanto do lado da tesouraria quanto nas transações de crédito. "Não terá outro jeito - para os bancos compensarem as menores margens - se não crescer a carteira de crédito com qualidade neste ano", avalia ele, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, e que espera que o crédito cresça 8% neste ano após dois exercícios consecutivos de queda.

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