São Paulo - Depois de um período fora de cena, com rentabilidades baixas, os fundos imobiliários voltaram a atrair os holofotes dos investidores. Desde o início do ano, essas aplicações acumulam ganho superior a 25%, segundo o Ifix (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários), da Bovespa.
Os fundos imobiliários são interessantes para quem pretende em ganhar dinheiro com a renda de aluguéis e a administração de imóveis, porém, em vez de se arriscar sozinho, prefere comprar cotas de um fundo de investimento. Como as cotas desses fundos são negociadas na Bolsa, o investidor também pode ganhar dinheiro com a sua valorização na Bovespa.
Alguns fundos imobiliários também aplicam o dinheiro de investidores em títulos emitidos por bancos para financiar o setor imobiliário, como as Letras de Créditos Imobiliários (LCI), em alta desde o ano passado.
Esse foi um dos motivos que impulsionou crescimento do retorno desses fundos, como explica o economista Daniel Sousa, coordenador do pós-graduação do Ibmec-RJ. Além disso, com o mercado imobiliário em baixa, suas cotas baratearam e atraíram investidores.
A euforia com os fundos imobiliários precisa ser encarada com cautela, na avaliação de Sousa. “Como estão atrelados ao setor imobiliário, um segmento bastante sólido, eles oferecem menos riscos do que o mercado de ações, mas não existe garantia que a rentabilidade alta vai se manter”, explica.
Os fundos imobiliários são indicados para quem pretende diversificar seus investimentos e tem um objetivo de longo prazo, ou seja, não pretende resgatar seus recursos antes de cinco anos. Eles são um bom substituto para quem pretendia investir em um imóvel para alugar ou vender, por exemplo, porque oferecem mais chances de ter uma rentabilidade maior, isenta de Imposto de Renda.
Isso porque os fundos não pagam imposto ao vender os imóveis de suas carteiras e o ganho é distribuído aos cotistas também isento para pessoas físicas. Porém, no caso da venda das cotas, o investidor estará sujeito a IR de 20% sobre o ganho de capital.
Riscos de perda
Apesar da rentabilidade alta, é bom pensar duas vezes antes de investir em um fundo imobiliário, na opinião do professor Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper.
“Se você não tem estômago para investir em ações na Bolsa, não recomendo comprar cotas de um fundo imobiliário. Ele pode apresentar volatilidade significativa”, alerta. Por não ser um fundo que aplica em renda fixa, sua rentabilidade não é garantida, pois ela dependerá dos imóveis e títulos que o seu gestor decidir negociar.
Se mesmo assim você quiser tirar aproveitar as altas rentabilidades dos fundos imobiliários, lembre de contratar um gestor de confiança e de comparar as taxas de administração, que podem ser altas em qualquer fundo de investimento.
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1. Saia na frente
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São Paulo - No início, tudo parece difícil demais: a escolha do
banco ou
corretora, do
investimento, do tipo de título público ou privado. Ler muito e gostar de aprender a ganhar dinheiro são pré-requisitos para investir sem cair em furadas. Navegue pelas fotos e veja oito erros comuns de quem recém saiu da
poupança e ainda engatinha nesse mundo das
aplicações financeiras —e saiba como evitá-los. As dicas são do professor de finanças Joelson Sampaio, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), e do economista Mariol Amigo, professor da Fipecafi.
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2. 1. Pedir conselhos só para o gerente do banco
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Para onde você corre quando quer pedir uma dica de onde é melhor investir? Se for para o banco, tudo bem, mas tenha em mente que a instituição tem interesse em oferecer a melhor aplicação financeira para você e para ela. Ou seja, talvez outras alternativas melhores fiquem de fora do conselho. “Quando você compra uma geladeira, vai em três ou quatro lojas, compara os produtos e adquire o que vai trazer maior retorno, ou seja, o mais barato. Com investimentos, é assim que deveria funcionar também”, explica Joelson Sampaio, professor de finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap). Além do gerente do banco, procure também consultores de corretoras e a ajuda de planejadores financeiros independentes. Algumas universidades oferecem esse serviço gratuito. Além disso, seja autodidata. Pesquise tudo que puder em fontes confiáveis na internet para adquirir confiança no que está fazendo.
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3. 2. Não comparar taxas de administração
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A
rentabilidade de várias aplicações financeiras fica prejudicada pela taxa de administração cobrada por bancos e corretoras. Entenda que ter uma alto custo para investir é perder
dinheiro no retorno. Por isso, antes de investir, sempre compare não só a rentabilidade oferecida pela instituição, mas também a
taxa de administração, que às vezes pode chegar a zero.
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4. 3. Desconhecer seu objetivo ao investir
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Tenha claro que não necessariamente mais rentabilidade é sinônimo de melhor investimento para você. Às vezes, é melhor ter um retorno menor com mais liquidez, ou seja, correr menos riscos para poder resgatar o dinheiro a qualquer momento, sem perdas. Defina para que e quanto você precisará usar esse dinheiro investido.
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5. 4. Achar que renda fixa não tem risco
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O nome “
renda fixa” engana mesmo. A condição de rentabilidade pode ser garantida ao fazer a primeira aplicação, mas isso não significa que você não corre risco algum de perder dinheiro. Em títulos de renda fixa pré-fixados, você pode perder dinheiro se vender o título antes do seu vencimento, se a taxa de
juros estiver baixa no momento do resgate. Por isso, é essencial conhecer exatamente o que você está comprando.
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6. 5. Arriscar demais sem conhecer o investimento
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Mesmo embalado com o mesmo pacote, os investimentos podem ter conteúdo muitos diferentes um do outro. Por exemplo, títulos do
Tesouro Direto são bem distintos entre si e podem ser mais ou menos arriscados, apesar de serem vendidos na mesma plataforma, com o nome de “título público”
(conheça as diferenças). “É bem comum investidores arriscarem demais e perderem dinheiro por não conhecerem bem o produto em que estão aplicando”, diz o economista Mario Amigo, professor da Fipecafi.
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7. 6. Esquecer dos impostos ao olhar para a rentabilidade
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A forma como acontece o desconto do
Imposto de Renda (IR) interfere diretamente na rentabilidade da sua aplicação financeira. Por isso, sempre compare o retorno entre um investimento e outro já descontando o IR. Alguns
fundos de investimento, por exemplo, estão sujeitos à forma de tributação conhecida como come-cotas. Em vez de o IR ser cobrado apenas no resgate, ele é cobrado em forma de cotas de seis em seis meses,o que reduz sua rentabilidade em comparação a outros investimentos.
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8. 7. Investir e depois abandonar sua aplicação
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Não é só investir o dinheiro e tchau. Todo investimento exige disciplina para acompanhar sua rentabilidade e compará-la com outras aplicações financeiras no mercado. Todo mês, peça o extrato do seu investimento ao banco ou à corretora e veja se ainda vale a pena manter seu dinheiro lá. Lembrei que as aplicações financeiras se mexem conforme o que acontece com a economia.
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9. 8. Seguir o efeito manada
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Sabe aquele raciocínio de que se o restaurante está cheio, é porque deve ser bom? Muita gente segue ele nos investimentos também. Mas não adianta só a aplicação estar bem falada no mercado. Ela tem que se adequar ao se objetivo.
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10. Veja também:
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