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Fundos de pensão terão dificuldade de bater meta atuarial em 2018

Abrapp justifica expectativa pessimista citando redução histórica da taxa Selic, que é referencia para a maior parte dos investimentos desses fundos

Investimentos: fundos de previdência terão que buscar ativos de maior risco, como ações, para compensar queda de rentabilidade de títulos públicos (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Investimentos: fundos de previdência terão que buscar ativos de maior risco, como ações, para compensar queda de rentabilidade de títulos públicos (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2018 às 21h54.

Os fundos fechados de previdência complementar terão mais dificuldades para atingir a meta atuarial em 2018, uma vez que o juro básico, que referencia a maior parte dos investimentos dessas entidades, caiu à mínima histórica, disse nesta terça-feira o presidente da associação que representa o setor, Abrapp.

"Este ano vai ser muito desafiador para alcançar a meta", disse à Reuters o presidente da Abrapp, Luis Ricardo Martins.

Grandes fundos de pensão do país amenizaram nos últimos anos perdas bilionárias acumuladas com investimentos fracassados em ativos de maior risco ao investirem em títulos do governo, com a taxa básica de juros atingindo 14,25 por cento ao ano em 2015.

No entanto, com a Selic caindo fortemente a partir do ano seguinte, chegando à mínima histórica de 6,5 por cento atualmente, a realidade mudou, e os fundos terão que buscar ativos de maior risco, como ações.

No ano passado, as entidades fechadas de previdência complementar tiveram rentabilidade de 11,36 por cento, bem acima dos 8,86 por cento da meta atuarial, rentabilidade mínima necessária para que consigam pagar os benefícios de todos os seus associados.

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