Fundo segue índice atrelado às cotações do ouro, mas não investe diretamente no metal (Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 19h57.
São Paulo - O Itaú Unibanco abriu para captação até 31 de março um fundo de capital protegido atrelado à cotação do ouro e destinado apenas aos clientes Personnalité. Trata-se do fundo Capital Protegido Invest Ouro, que oferece ao cotista oportunidade de ganhar tanto na alta quanto na baixa do metal de acordo com o Gold London PM Fixing, índice negociado na Bolsa de Londres.
Como todo fundo de capital protegido, o produto do Itaú garantirá que, ao final do prazo de aplicação, todos os cotistas recebam de volta pelo menos o valor investido. Ou seja, o fundo não amargará perdas, mesmo que a cotação do ouro despenque.
Isso acontece porque esses fundos são multimercados e investem uma parcela do capital em opções do índice Gold London PM Fixing, como já acontece com outros fundos de capital protegido indexados ao Ibovespa. O restante do patrimônio é aplicado em títulos de renda fixa. Toda essa estratégia garante que o fundo também ganhe na baixa do ouro e que não haja perdas no patrimônio dos cotistas.
O fundo de Capital Protegido Invest Ouro tem aplicação inicial mínima de 5.000 reais, mas é voltado apenas a investidores qualificados, que são aqueles que detêm um patrimônio para investir superior a 300.000 reais.
A captação acontece até 31 de março ou até o fundo atingir um patrimônio de 200 milhões de reais, o que ocorrer primeiro. Por se tratar de um fundo fechado, não é possível resgatar o capital investido antes do término do prazo, em 18 meses.
Esse tipo de aplicação é justamente destinado aos investidores que são - ou estão - avessos ao sobe-e-desce da renda variável. No caso do ouro, o investimento torna-se particularmente adequado para proteger parte do capital em épocas de incerteza, uma vez que o metal torna-se o porto seguro dos investidores em momentos de crise. No ano passado, o ouro valorizou mais de 30%, a maior alta entre todas as aplicações.
"Os fundos de capital protegido são boas opções para quem quer diversificar mas ainda não se sente confortável com a renda variável. O ouro é a primeira aplicação que vem à mente dos nossos clientes depois da renda variável. E tendo em vista as previsões de valorização do ouro, achamos que esse produto tem chances de uma boa performance", explica Cláudio Sanches, diretor de investimentos e previdência do segmento Pessoa Física, do Itaú.