BM&FBovespa: Títulos e ações são guardados em nome do investidor na central da Bolsa (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2014 às 09h52.
São Paulo - O processo de recuperação financeira da corretora Corval, após decretada a liquidação extrajudicial da instituição financeira em setembro, trouxe dúvidas sobre a segurança do investimento em ações e títulos públicos adquiridos pelo programa Tesouro Direto, de acordo com informações da Folha de S.Paulo.
Investidores da corretora ouvidos pelo jornal afirmam ter sido vítimas de golpes, como desvio de dinheiro de aplicações financeiras e apropriação de ações e títulos de suas contas para uso da Corval.
A proteção oferecida pelo Tesouro Direto aos investidores, caso a instituição financeira decrete falência, é um registro de propriedade dos papéis em nome do investidor na Central Depositária da BM&FBovespa.
Porém, caso as aplicações sejam transferidas para a conta da corretora, sob alegação de que a operação foi autorizada pelo cliente, essa garantia deixa de existir, diz o jornal.
O Tesouro Nacional informou que a transferência dos títulos registrados na Bolsa para a corretora é permitida, mas que "a instituição não pode abusar do mandato ou burlar a anuência do investidor".
A BM&FBovespa informou que houve violação das normas e que a retirada dos títulos de sua central somente pode ser feita com a autorização do cliente.
A reportagem do jornal entrou em contato com a Corval, mas não obteve resposta.