Petrobras: o estudo mostra que os fundos da petroleira tiveram recuo de 30,09% (Germano Lüders / EXAME)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2016 às 14h37.
De 17 de agosto de 2000 a 20 de janeiro deste ano, a rentabilidade dos chamados Fundos Mútuos de Privatização da Petrobras (FMP-FGTS) foi inferior ao desempenho do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O retorno do FGTS, que é remunerado pela taxa referencial mais 3% ao ano, totalizou ganhos de 110,68%, contra um avanço de 91,48% dos fundos da estatal no mesmo período.
Criados pelo governo nos anos 2000, os fundos FGTS da Petrobras somaram uma rentabilidade média anual de 4,32%, ante retorno de 4,78% do FGTS, segundo levantamento realizado pela Economática.
Quando considerada a inflação, o estudo mostra que os fundos da petroleira tiveram recuo de 30,09%, enquanto o FGTS perdeu 23,08% do seu poder aquisitivo.
A iniciativa federal permitiu que os trabalhadores investissem até 50% dos seus recursos no FGTS na companhia.
Na comparação com aplicações mais conservadoras, ambos os fundos perderam nesses quase 16 anos.
O Certificado de Depósito Interbancário (CDI), por exemplo, acumulou rentabilidade de 623,8% ou 164,27% acima da inflação (ver tabela abaixo).
A poupança, por sua vez, no cálculo de 31 de agosto de 2000 até 20 de janeiro de 2016, avançou 227,15% com ganho real de 1,2%.
A Economática aponta ainda que os fundos da Petrobras tiveram seu melhor momento em 21 de maio de 2008, quando o poupador teve rentabilidade de 1.677,6%, correspondente a 17 de agosto de 2000 a 21 de maio de 2008.