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Em 2013, fuja do Ibovespa e vá para “small caps”, diz HSBC

Recomendação do banco inglês é de fugir das ações do índice, que deve repetir o fraco desempenho de 2012


	BMF&Bovespa: recomendação do HSBC é que os investidores escolham ações de empresas menores e voltadas para o mercado interno
 (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

BMF&Bovespa: recomendação do HSBC é que os investidores escolham ações de empresas menores e voltadas para o mercado interno (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 11h26.

São Paulo - O ano de 2012 promete deixar lembranças amargas para quem acompanhou de perto o desempenho do Índice Bovespa, principal carteira teórica da bolsa brasileira e que reflete as ações mais negociadas do nosso mercado. Em 2013, a história não deve ser diferente e, por isso, a recomendação da HSBC Global Asset Management, gestora de recursos do banco inglês HSBC, é fugir das ações do Ibovespa, dando preferência para ações que nem sempre entram no radar dos investidores: as “small caps”.

Essas ações de menor liquidez e baixa capitalização fazem parte da estratégia apontada por Mario Felisberto, diretor de investimentos da gestora do HSBC, para quem quer tirar algum proveito da bolsa brasileira no ano que vem. “O investidor vai ter que ser mais inteligente nas suas escolhas, preferindo uma carteira ou fundo de ações que fuja do Ibovespa”, afirma.

A recomendação da gestora é que os investidores escolham ações de empresas menores e voltadas para o mercado interno. Felisberto ressalta que, apesar de a expectativa para a economia brasileira em 2013 não ser das mais brilhantes – o HSBC revisou sua projeção para o crescimento do PIB brasileiro no ano que vem de 3,5% para 3,0% -, “a visão de longo prazo para as small caps voltadas para o mercado interno é muito boa, porque elas conhecem seus segmentos e estarão posicionadas em nichos com bom potencial de crescimento”.

Blue chips

Segundo Felisberto, o cenário global ainda tem pela frente uma fase de grandes incertezas, seja na Europa, nos Estados Unidos ou na China. Portanto, é bom se proteger de ações de empresas mais expostas às condições da economia global, ainda muito instáveis. O problema é que o Ibovespa, clássico “benchmark” do mercado brasileiro, é composto, sobretudo, por esse tipo de papéis.

Os setores de petróleo e gás, mineração e siderurgia estão entre os mais negociados da bolsa brasileira, com quase 40% do mercado, e dominam o Ibovespa. Eles são representados pelas tradicionais “blue chips”, ações de grande liquidez e elevado volume de negociação diária, como os papéis da Petrobras e da Vale, além dos papéis das siderúrgicas Usiminas, Gerdau e CSN, dentre outros.

De acordo com Felisberto, “em um cenário de juros em queda, o investidor vai ter que aumentar, aos poucos, a parcela de suas aplicações destinada à bolsa, se quiser maior rentabilidade”. Ele alerta, entretanto, “que fazer isso concentrando os investimentos em ações do Ibovespa ou fundos que replicam o desempenho do índice não é uma boa alternativa”.

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