Warren Buffett: não se desesperar nas baixas nem se empolgar nas altas estão entre conselhos do bilionário para seus investimentos (Chris Goodney/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 11h14.
Para todos os que imaginam “o que Warren Buffett faria?”, o bilionário de 85 anos deu vários conselhos em suas declarações públicas e em suas cartas anuais aos acionistas da Berkshire Hathaway.
Não importa se você quer comprar uma casa e está analisando se deve assumir uma hipoteca ou se você é um executivo que está avaliando uma aquisição; ele tem algo para praticamente todos os que procuram viver uma vida mais racional e financeiramente bem-sucedida.
Existe também um catálogo crescente de “nãos” que Buffett disponibilizou para ajudar investidores, gerentes corporativos e seus próprios funcionários a evitarem equívocos.
Com sua próxima carta anual prevista para o sábado, é hora de analisar o que “Buffett não faria” -- e que provavelmente você também não deveria fazer.
Não fique muito obcecado com as oscilações diárias do mercado de ações: “Os jogos são vencidos por jogadores que se concentram no campo de jogo -- não por aqueles que mantêm os olhos colados no placar. Se você pode desfrutar dos sábados e dos domingos sem olhar os preços das ações, experimente fazê-lo durante a semana”. (de carta publicada em 2014)
Não se anime muito com os ganhos do seu investimento quando o mercado está subindo: “Não há razão para dar piruetas pelos ganhos de 1995. Esse foi um ano no qual qualquer bobo podia ganhar um trocado no mercado de ações. E nós ganhamos”. (1996)
Não se distraia com as projeções macroeconômicas: “O cemitério de profetas tem uma grande seção separada para os analistas do macro. Nós temos feito poucas projeções macro na Berkshire e raramente vimos os outros tendo um sucesso sustentado com elas”. (2004)
Não se limite a apenas um setor: “Não existe uma regra que defina que você precisa investir o dinheiro onde o ganhou. Na verdade, muitas vezes é um equívoco fazer isso: as empresas verdadeiramente grandiosas, que rendem retornos enormes sobre ativos tangíveis, não podem reinvestir internamente uma grande fatia de seus lucros com altas taxas de retorno por um período prolongado”. (2008)
Não se deixe enganar pelas fórmulas: “Os investidores devem ser céticos em relação aos modelos baseados em históricos. Construídos por um sacerdócio que soa meio nerd, usando termos esotéricos como beta, gama, sigma e coisas do tipo, esses modelos costumam impressionar. Muitas vezes, porém, os investidores se esquecem de examinar os pressupostos por trás dos símbolos. Nosso conselho: cuidado com os nerds que elaboram fórmulas”. (2009)
Não fique sem caixa quando você mais precisar dele: “Nós nunca seremos dependentes da gentileza de estranhos... nós sempre organizaremos nossas relações para que qualquer exigência de caixa que pensemos que poderemos ter seja muito menor do que a nossa própria liquidez”. (2010)
Não se maltrate por suas decisões erradas; assuma a responsabilidade por elas: “Agonizar por causa dos erros é um equívoco. Mas reconhecê-los e analisá-los pode ser útil, embora essa prática seja uma raridade nas salas de conselho. (...) No que diz respeito aos erros corporativos, os CEOs invocam o conceito do Nascimento Virginal”. (2001)
Não fixe uma idade de aposentadoria obrigatória: “Na Faculdade de Negócios de Harvard, no ano passado, um estudante me perguntou quando eu planejava me aposentar e eu respondi ‘cerca de cinco a dez anos depois de morrer’”. (1992)
“Não pergunte ao barbeiro se você precisa de um corte”, porque a resposta será a melhor para o homem que tem a tesoura na mão: Um CEO não tem uma probabilidade maior de receber uma opinião imparcial se perguntar a conselheiros externos se deve levar um negócio adiante, pois “banqueiros de investimento amigáveis o tranquilizarão a respeito da solidez de suas ações”. (1983)
Não perca tempo: “Quando há um problema, seja pessoal ou em operações comerciais, a hora de agir é agora. (...) A hora para ter considerado -- e melhorado -- a confiabilidade dos diques de Nova Orleans era antes do Katrina”. (2006)