Prédios comerciais em São Paulo: retornos superiores a 100% atraíram milhares de investidores (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2013 às 06h36.
Última atualização em 19 de agosto de 2020 às 11h38.
Dúvida do internauta: No cenário atual, é recomendável investir em fundos imobiliários tendo em vista um horizonte de curto prazo?
Resposta de Arthur Vieira de Moraes*:
Fundos imobiliários (FII) devem ser entendidos precipuamente como investimento de médio e longo prazo. É possível especular no curto prazo com cotas de FII ou com qualquer ativo de qualquer mercado. Talvez você enxergue essa oportunidade devido às recentes quedas das cotas na Bolsa, notícias na imprensa e recomendações de analistas dizendo que alguns fundos caíram muito. Mas nada garante que as cotas subam no curto prazo.
Ainda que você esteja convencido disso, é melhor mirar o longo prazo ao decidir pelo investimento em FII.
Lembre-se de que são poucos os fundos listados na bolsa que possuem boa liquidez. Sendo assim, por mais que você compre um fundo por um preço “barato”, pode ter dificuldade em encontrar compradores para as suas cotas. Outra questão a considerar é a tributária. O lucro obtido com a venda de cotas de FII é tributado em 20% e não há nenhum limite de isenção. Sempre que vender cotas com lucro terá que pagar IR, o que irá reduzir substancialmente o seu ganho.
Para assumir os elevados riscos de operações de curto prazo há mercados mais indicados, com ativos mais líquidos e tributação menor (ou até isenta).
FII atende principalmente aos interesses dos que desejam obter renda e possível valorização de patrimônio no longo prazo.
*Arthur Vieira de Moraes é advogado e agente autônomo de investimentos. Tem 34 anos e atua profissionalmente no mercado de capitais desde 1999.
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